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TCC: Estudo de Enfermagem avalia a dor de pacientes pós-cirúrgicos e resultados ganham publicação
Publicado em: 06/11/2020 às 16:36
O autor Willian Boff comemora o feito; por ter se destacado na graduação, foi contratado pelo curso para RT de estágio
A Universidade Paranaense, Unidade de Francisco Beltrão, desenvolveu importante pesquisa sobre o impacto da sensação dolorosa pós-cirúrgica em pacientes de unidade de saúde do município. O estudo foi feito in loco, no ano passado, pelo professor do curso de Enfermagem da Unipar, Willian Boff, quando estudante, com orientação das professoras Franciele Zonta e Jacqueline Vergutz Menetrier.
Pela relevância, o artigo completo, com os resultados, foi publicado recentemente num importante periódico regional da área, a revista BioSaúde. A pesquisa avaliou a dor de pacientes pós-cirúrgicos de um hospital de referência do Paraná. Foram avaliados 73 pacientes, maiores de 18 anos, em um período de 30 dias consecutivos. A avaliação ocorreu em dois momentos: na primeira hora e na vigésima quarta hora pós-procedimento.
Como resultados foram identificados que a maioria dos procedimentos eram de caráter eletivo, sendo que as cirurgias ortopédicas prevaleceram. “A maioria dos pacientes avaliados não referiu dor alguma na primeira hora, número que sofreu redução notável com o passar das horas, tal achado (ausência de dor) é controverso à literatura, o que pode estar associado a métodos analgésicos utilizados”, relata o professor.
“A sensação de dor é capaz de reduzir a qualidade de vida, uma vez que se trata de uma experiência desagradável, que pode alterar aspectos físicos, espirituais, psicológicos e sociais”, lembra o professor.
“Apesar de ser considerado o quinto sinal vital, a dor é desfavorável na recuperação do paciente e por isso precisa ser monitorada constantemente. Levando em conta que o processo cirúrgico por si só pode desencadear, na maioria dos pacientes, sensibilização nos mecanismos dolorosos a dor é um sinal clínico esperado”, explica.
Segundo a professora Franciele Santos Zonta, o controle doloroso é considerado quesito de qualidade e segurança. “Nesse sentido a equipe, principalmente a de enfermagem, por atuar de maneira mais próxima do paciente, deve estar apta a identificar e implementar medidas de controle doloroso, visto que o tratamento adequado, farmacológico ou não, vai além das questões orgânicas, sendo uma ação humanizada e essencial para a recuperação dos indivíduos”, argumenta.
O egresso do curso de Enfermagem Willian apresentou a pesquisa para a banca formada pelos professores Emerson Rauber, que era o responsável técnico do estágio hospitalar, Géssica Tuani Teixeira e a professora Franciele Zonta. Por ter se destacado, Willian foi convidado para compor o corpo docente e assumir o cargo de responsável técnico do estágio em saúde pública e hospitalar.