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Cascavel: O encantamento não tem dia, hora ou lugar
Publicado em: 18/11/2010 às 14:30
Palestra sobre o assunto foi proferida pelo advogado e pedagogo Elias Rocha Gonçalves, do RJ. Ele diz que o papel do professor é encantar-se para encantar
‘Motivação, interesse e novas tecnologias’ foi tema de palestra ministrada para colaboradores e professores da Universidade Paranaense – Unipar, Campus de Cascavel, via Pró-Magister (Programa Institucional de Valorização do Magistério). Para falar sobre o assunto foi convidado o advogado e pedagogo, doutor Elias Rocha Gonçalves, do Rio de Janeiro.
Autor de livros, entre eles ‘A pedagogia do encantamento: novo paradigma da educação para o século 21’, Gonçalves diz que seu objetivo é criar no professor, na família e na sociedade a cultura do encantamento, de valorizar pequenas coisas. “Se for diferente será percebido e se tiver fé alcançará o sucesso”, disse.
No discurso, lembrou palavras do escritor Antônio Torres González (2008): “As práticas educacionais dependem em grande parte do significado e do valor que temos sobre dimensões-chave, como indivíduo, sociedade, cultura e como elas se interrelacionam”. E citou frase de Paulo Freire: “Não estou me desgastando, estou me encantando”, cultura do emocionar-se.
Em trecho inspirador de seu livro, Gonçalves frisa a importância da valorização do outro e de si: “Entre risos tímidos e algumas gargalhadas, vi nascer o sentimento, a alegria, o prazer, a descoberta, do outro... Brincar, dançar, pular. Esse é o papel do professor, encantar-se para encantar”.
Segundo o palestrante, para que a educação seja encantadora é preciso motivar para visão de futuro de sua prática, sensibilizar para a formação continuada e para a importância das relações humanas: “Olhe no olho, que balança o coração”.
O doutor incentivou, ainda, a da junção com pessoas interessantes, que tenham visão nos objetivos futuros de sua prática e não ganância: “É importante somar com os amigos; plantar hoje é acreditar no amanhã. Estude mais, goste-se mais e acredite em você. Gente é talento, tem conhecimentos, habilidades, tem atitude”.
Conforme o docente, a cultura do encantamento visa estimular participação, aprendizado constante, mudança e renovação, busca da excelência, foco em resultados, satisfação do cliente e fortalecimento de valores. “Devemos agradar nossos alunos, fazer uma avaliação diagnóstica e reflexiva, criar novidades, pensar, imaginar e sonhar. Esse é o caminho para o encantamento”, diz.
O professor do curso de Direito, doutor José Bolívar Bretas, gostou muito: “A palestra nos fez crescer, além de motivar o professor em sala de aula, sensibilizou porque tocou em pontos da nossa existência. Nesse término de ano, conseguimos renovar as energias para resgatar o conteúdo que falta”.
A coordenadora multicampi do Pró-Magister, professora Cacilda Zafaneli, veio de Umuarama para prestigiar o evento.