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Unipar e comunidade: Coral reforça integração
Publicado em: 08/11/2010 às 16:50
Formado por voluntários, funcionários e estudantes, o Coro Unipar inova nas apresentações, associando ao canto enredo, expressão corporal e cenário. Umuaramenses prestigiam
A arte expressada por um grupo de coral encanta a todos pela beleza dos sons emitidos. É o encontro de várias vozes que entoam uma canção admirada por um público com olhares fixos e audição concentrada. O coral ‘Coro Unipar’ da Universidade Paranaense tem como princípio transmitir essa beleza em suas apresentações. O grupo já participou de diversos eventos culturais de Umuarama e região.
O Coro Unipar, com trinta integrantes, é um projeto realizado pela Diretoria de Cultura e Divulgação da Unipar e busca, também, promover a arte no contexto universitário e a convivência entre estudante e comunidade, tendo a música como uma fonte de cultura e desenvolvimento pessoal e social.
O grupo é formado por pessoas da comunidade, funcionários e estudantes da Unipar, dos quais dez são bolsistas do Pibia(Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Artística) e recebem R$ 100 mensais para participar do projeto. Duas vezes por semana, os coralistas se encontram para ensaiar os números musicais.
“Durante os trabalhos desenvolvemos técnica vocal, percepção auditiva e atividades rítmicas com o corpo e a voz. Também trabalhamos a afinação e harmonia de diferentes vozes para a elaboração de arranjos vocais”, explica a coordenadora e regente do coral, professora Edlainy Hernandes, ressaltando que o projeto contribui também para o enfrentamento da timidez.
Quanto ao repertório, o grupo trabalha com música popular brasileira e as escolhas são feitas de acordo com o objetivo da apresentação (levando em conta o público a que pretende atingir e o tema cênico). O projeto começou suas atividades em 1998 e, ao longo desses doze anos, foi se aperfeiçoando. Deixou de ser apenas um grupo tradicional de coral e passou a fazer apresentações buscando associar, além do canto, expressividade, interpretações e enredos.
Para integrar o grupo, os candidatos realizam um teste vocal. Aline da Silva Freire é estudante de Psicologia e há três anos é bolsista do coral. “Eu sempre cantei em igreja e a ideia de participar do projeto me encantou. Além de fazer novos amigos e aprender mais sobre técnicas vocais, eu aplico essa experiência no estágio do meu curso, utilizando a música como recurso terapêutico para pessoas tímidas ou com algum tipo de doença mental”.
Outro bolsista, o aluno de Publicidade Fabrício Festa, diz que, além da ajuda financeira, o projeto lhe trouxe aprendizado. “Tocava violão no coral da igreja matriz e a professora Edlainy ajudava na regência do grupo. Um dia ela me convidou para participar do coral da Unipar e eu aceitei. Faz cinco anos que estou aqui e cresci muito. Todas as pessoas gostam de música e essa interação com a comunidade é uma experiência gratificante”.
A regente diz, emocionada, que o apoio da Unipar, a dedicação do grupo e a colaboração dos universitários são fundamentais para o sucesso do projeto. “Durante todos esses anos de convivência aprendi muito com eles. É uma experiência que me construiu como ser humano e como profissional, dando-me autonomia, confiança e a convicção que trabalhar com canto e música faz parte de mim; respiro essa realidade e acredito que todos têm musicalidade e um instrumento: a voz e o próprio corpo”.
Projeto inova com montagem de espetáculos
No início, o grupo se apresentava apenas no estilo canto-coral, mas depois de alguns anos a expressão corporal, as encenações e os enredos passaram a fazer parte dos ensaios. “Foi um desafio para todos nós. Em 2005 participei de workshops em coro-cênico e, com ajuda dos coralistas, fomos tirando essa característica de ‘abertura de evento’ e construindo algo mais profissional e diferenciado.
A ideia deu tão certo que, após muitos obstáculos e um imenso trabalho, passamos a montar apresentações usando voz e corpo”, afirma Edlainy. Em 2006, depois de quatro meses de ensaio, o grupo apresentou o primeiro espetáculo com o tema ‘Além da Imaginação’, musical infantil que conta a vida de um menino sonhador. No ano seguinte, foi montado ‘Canto de Todos os Cantos’, inspirado na história da música brasileira, com apresentação de canções de diferentes ‘cantos’ do Brasil, acompanhadas de banda musical.
Em 2008, o grupo já estava mais experiente e, então, resolveu alçar voos mais altos encenando ‘Amor e Música’, baseado na obra ‘Fantasma da Ópera’, com figurinos e cenário de época. No ano passado, fez bonito com ‘Coração Nordestino’, obra que mescla um típico caso de amor, saudade e reencontro. Todos os espetáculos foram apresentados no Feitu (Festival Intercampi de Talento Universitário), em Umuarama, e em outras cidades, como Cianorte, Londrina e Araruna. Também foram levados para os encontros de corais de Umuarama, Paranavaí e Maringá.