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Colaboradores têm palestra de conscientização em alusão ao Setembro Amarelo
Publicado em: 25/09/2019 às 16:00
Encontro possibilitou refletir sobre o sofrimento humano, comportamentos de risco, como acolher e ajudar a si e ao outro
A campanha Setembro Amarelo traz reflexões para a prevenção ao suicídio. Na Universidade Paranaense – Unipar, acadêmicos e funcionários estão mobilizados para a temática, considerada de grande relevância. Organizada pela Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), na última semana, os colaboradores assistiram à palestra com a psicóloga Ana Paula Gargantini, responsável técnica do CPA (Centro de Psicologia Aplicada) da Instituição.
Dentro do contexto, a psicóloga explorou mitos e verdades. Segundo observa, o suicídio ou tentativa é uma forma de a pessoa comunicar que não está bem, é um pedido de ajuda. “O suicídio é um sofrimento e não uma doença, assim, trata-se de um assunto de saúde pública. E, como ajudar a passar por esse sofrimento?”, indagou.
A profissional pontuou que é preciso falar sobre e entender o que está acontecendo na sociedade para que os números tenham aumentado. Ainda, é importante pensar como a mídia pode informar, contribuindo para a conscientização e não o alarde.
“O ato indica um sofrimento e precisamos olhar para o sofrimento do outro e não julgar, pois ele é algo da vivência e existência, ninguém está imune, assim como sentimos alegria, tristeza, medo, felicidade, entre outros”, disse.
Também desmistificou que nem sempre a pessoa quer morrer, mas, sua intenção é acabar com a dor. Nesse sentido, falou sobre alguns sinais de risco, demonstrando desesperança, desespero e desamparo: “É fundamental estar atento à diminuição ou ausência de autocuidado, mudança na alimentação ou hábitos do sono, abuso de álcool e drogas, isolamento da família e amigos, assim como algumas frases negativas e a autoagressão”.
Sobre a responsabilidade de cada um em ajudar, Ana destacou a importância da gentileza, compaixão e cuidado. “Pra acolher não precisa dar respostas, resolver o problema do outro, mas validar o que a pessoa fala, valorizar o sujeito, ouvi-lo com respeito, seriedade e empatia”, afirmou.
Para encerrar, fez uma analogia: “O que você faria se encontrasse alguém ferido, sangrando, com dor?” E, ainda, refletiu: “Que tipo de seres humanos estamos vislumbrando, sujeitos ou máquinas?”. A quem precisa de ajuda, a psicóloga lembrou que o CPA tem porta aberta para o acolhimento, não hesite em procurar ajuda.