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Programação especial marca campanha do Agosto Dourado na Unipar
Publicado em: 24/08/2018 às 17:00
Foram três dias de palestras, com foco no aleitamento materno, laserterapia, papel da família e importância da Golden Hour
Em apoio à campanha Agosto Dourado, a Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel, realizou programação especial nesta semana. A organização do evento foi da equipe do PAEE (Pronto Atendimento de Enfermagem Escola), que ofereceu palestras e uma bela mostra fotográfica de mamães e gestantes, produzida por Amora Fotografias.
O diretor da Unidade, professor Gelson Uecker, fez a abertura das atividades, que têm por objetivo incentivar o aleitamento materno. O início foi com a temática ‘Práticas que auxiliam o sucesso do aleitamento materno’, com a responsável pelo setor de Banco de Leite Humano do HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná), enfermeira Anelise Vieczorek.
A enfermeira ressaltou que a amamentação é a base da vida, destacando que a cesária, assim como o complemento ou leite especial, devem ser utilizados para salvar vidas e não servir como base. “Precisamos cuidar dos que serão o futuro do país, investir na vida, em desenvolvimento da nação”, disse. Ainda, ensinou como avaliar uma mamada, qual a pega correta e ordenha do leite.
Outra convidada foi a consultora em aleitamento materno e laserterapeuta, enfermeira Cátia Rios, que enalteceu a importância do profissional de saúde no apoio à amamentação e de um consultor em aleitamento. A profissional frisa que a fissura mamária é a maior responsável pelo desmame precoce e a técnica da laserterapia, utilizada na cicatrização das fissuras mamárias, vem para amenizar o sofrimento da mãe, restabelecendo o mamilo e possibilitando a amamentação.
Responsável pelo PAEE e especializanda em Enfermagem Obstétrica, a enfermeira Angela Graeff também ministrou palestra, abordando sobre ‘Apoio na amamentação: o papel da família para mãe e bebê’. Em sua fala, enfatizou que a figura paterna e a família são os maiores aliados no apoio ao aleitamento materno. “A fase requer motivação por parte desses aliados, onde os mesmos devem ser incentivados à buscar conhecimento e realizar práticas que ajudem a mulher nesta fase do puerpério”, observa.
Outro tópico destacado pela enfermeira foi em relação ao retorno da mãe ao trabalho, momento que também contribui para o desmame precoce. Nesse sentido, apontou os direitos das mães segundo as leis trabalhistas e que favorecem a continuidade do aleitamento materno exclusivo até os seis meses.
Também participou a doula e coach em aleitamento Taylla Queiróz, que compartilhou sua história pessoal e profissional. Ela é mãe de quatro filhos - uma cesária com complicações no parto, e três partos humanizados. “Hoje sei a importância da informação, do vínculo mãe e bebê, do contato pele a pele, da Golden Hour, que pode, inclusive, diminuir em 22% o risco de morte dos recém-nascidos”, defende.
A doula também falou sobre a exterogestação e acrescenta: “Devemos olhar para o bebê como indivíduo único, contemplando a parte fisiológica, capacidade gástrica e mudanças no organismo, entendendo que o choro não é só fome e, ainda, saber proporcionar ao bebê características semelhantes ao útero”, atenta.