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NOTÍCIA

Medicamento gratuito: Projeto de Direito da Unipar atende pacientes com câncer

Publicado em: 20/07/2018 às 16:00

A proposta é informar o paciente sobre seus direitos e oferecer assessoria jurídica para conseguir medicamentos de alto custo

Equipe do projeto Borboletas: Proposta é informar o paciente sobre seus direitos e oferecer assessoria jurídica para conseguir medicamentos de alto custo
Professora Fernanda Garcia Velasquez, idealizadora do projeto Borboletas: Sob sua coordenação, vários processos estão em andamento
Advogado voluntário Juca Morais, que está no projeto desde quando era estudante de Direito
Estagiário Rafael Costa Lis, acadêmico do 4º ano de Direito, que participa para ampliar conhecimentos: “A causa é nobre”

Atender a comunidade possibilitando melhoria de qualidade de vida é um dos objetivos que a Universidade Paranaense – Unipar tem por compromisso em ações realizadas por meio dos seus cursos de graduação. Focado nisso, surge na Unidade de Umuarama o projeto de extensão Borboletas, idealizado pela professora Fernanda Garcia Velasquez, do curso de Direito.

Coordenado por ela e desenvolvido com advogados voluntários e acadêmicos, o projeto tem o intuito de atender pessoas doentes que necessitam de medicamentos de alto custo que não são cobertos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A equipe do Borboletas também informa sobre os direitos dos pacientes, que muitas vezes desconhecem, e acompanha todo o trâmite da ação jurídica para obtê-los, de forma gratuita. “Já ultrapassamos a 50 processos e vários estão em andamento”, orgulha-se a professora Fernanda.

Com ela, atuam no projeto três advogados voluntários – Juca Morais, Douglas Eduardo Santana da Silva e Larissa Broch – e o estagiário Rafael Costa Lis, do 4º ano de Direito. Os pacientes são encaminhados pela Uopeccan, médicos ou assistentes sociais da região.

Segundo a professora, o nome Borboletas foi inspirado na transformação intensa e difícil que o paciente com câncer vivencia em seu tratamento, assim como seus familiares. “É uma luta constante, um processo muito difícil de enfrentar e, então, com o tratamento e a cura, a pessoa liberta-se para uma nova vida e um novo olhar”, elucida.

Por lidar com casos delicados, a equipe precisa oferecer um atendimento humanista, com respeito e carinho, para quem está nessa situação. “As pessoas vêm até nós desesperadas, necessitando de ajuda, pois são casos sérios. É uma experiência importante, inclusive, para o estagiário entender que o atendimento deve ser cuidadoso, atencioso e de fácil linguagem, não apenas técnico”, complementa o advogado Juca.

O acadêmico Rafael afirma que atuar no projeto é motivo de muita alegria: “Entrei nele a convite da professora Fernanda, pela nobreza da causa e por ter vontade de ajudar as pessoas. É muito gratificante e comovente não só para mim, mas para a equipe toda atender essas situações. Quando ganhamos uma causa, a comemoração é geral!”.

Todos comemoram por se tratar de propósito, reafirma a professora Fernanda: “Devo enaltecer que o trabalho dos advogados voluntários e dos estagiários é imprescindível para o sucesso do projeto. Todos, especialmente o Juca, sempre dispensaram – e dispensam – tempo, humanidade e muita competência em todas as nossas lutas travadas”.

Isso é necessário pois todas as causas são desafiadoras, tendo em vista os severos requisitos hoje determinados pelo Conselho Nacional de Justiça: “O mais dificultoso é a comprovação da extrema hipossuficiência financeira do doente e seus familiares, em contraposição aos preços impraticáveis dos medicamentos, que têm valores aproximados de 25 mil reais ao mês. Ou seja, mesmo que a pessoa tenha certa liquidez financeira, a viabilidade de arcar com os custos torna-se impossível. Mesmo assim, as causas ganhas se sobrepõem às que ainda estão em grau de recurso”.

Os advogados Juca e Larissa começaram a atuar no projeto ainda como estagiários, quando eram estudantes de Direito. Este ano entrou o advogado Douglas Previato. Agora a equipe espera que, com a reabertura da Casa de Apoio da Uopeccan, mais pacientes sejam auxiliados pelo projeto. “Desde que propus o projeto para a Diretoria Executiva de Gestão da Extensão Universitária foi abraçado pela Unipar, que é incansável em proporcionar condições para sua melhor realização e atendimento aos que dele necessitam”, conta a professora, em tom de agradecimento.

A sede do projeto Borboletas fica na Unidade Básica de Saúde da Unipar. O atendimento a pacientes acontece às quintas-feiras, entre às 14 e 16 horas. Os interessados em mais informações podem fazer contato com os advogados por e-mails (fernanda@prof.unipar.br, rafaelcostalis@hotmail.com e advocacia-moraes@hotmail.com).

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