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Estudantes da Unipar conquistam bolsa do CNPq
Publicado em: 13/09/2010 às 16:45
Órgão federal contempla duas alunas envolvidas em projeto de pesquisa. Fato está sendo comemorado
Estimular o pensamento científico. Esta preocupação da Universidade Paranaense – UNIPAR tem gerado bons resultados visto os consecutivos destaques de seus trabalhos de pesquisa, que se abrem para a participação dos estudantes. Em programas de iniciação científica, vários são contemplados com bolsas, a maioria bancada pela Unipar.
As outras são conquistadas, via convênios com a Fundação Araucária e o CNPq, que, recentemente, liberou mais duas vagas via Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Tecnológica (Pibit), com auxílio no valor de R$ 360,00. As duas primeiras alunas participantes comemoram a oportunidade e já se concentram nos projetos a que foram destacadas.
Camila Mira Coelho, do 3º ano de Farmácia, e Juliana Cesarin, do 3º ano de Química, pesquisam sob orientação dos professores doutores Fernando Gomes Barcellos e Douglas Dragunski, nos projetos que poderão gerar melhorias à agricultura e ao meio ambiente.
Camila participa de estudo que objetiva utilizar genes como marcadores genéticos nos programas de seleção de bactérias para inoculantes. A importância disso é explicada pelo professor Fernando: “A soja precisa de nitrogênio para se desenvolver e a planta obtêm isso do solo. Para suprir, o agricultor adiciona adubo hidrogenado, processo caro e poluente”.
De acordo com ele, a Embrapa montou coleção de bactérias que podem ser colocadas junto à semente, para não haver a necessidade da utilização do adubo. “Eles buscam as bactérias mais eficientes e nós vamos estudar os genes para verificar quais são mais eficientes e quais não são”, ressalta o professor.
Camila considera a oportunidade de participação no Pibit como um privilégio: “Fiquei muito contente... Sem essa bolsa, provavelmente não estaria neste projeto”. Ela considera uma oportunidade de conhecer novos caminhos na área da Farmácia. O professor concorda e incentiva: “Embora a área de estudo desse projeto seja importante para a agricultura, as técnicas de biologia molecular que ela aprenderá poderão ser aplicadas em bactérias de interesse médico”.
Metais pesados Um estudo que testa a utilização de resíduos para retenção de metais pesados, já adiantado na Unipar, ganha colaboração reforçada de Juliana. Junto com a aluno do mestrado em Biotecnologia Aplicada à Agricultura, Naiza Vilas Boas, no laboratório, ela assume várias tarefas, como fazer testes de tempo, de capacidade de retenção, de inteirações químicas e de modificações químicas.
“Estou ajudando a descobrir quais cascas podem ser utilizadas como filtro para retenção de metais como chumbo, cromo e cobre, para impedir que cheguem aos efluentes”, diz a bolsista, entusiasmada com o projeto. “É uma oportunidade que estou tendo de praticar as teorias que aprendo em sala de aula e ampliar meus conhecimentos”, ratifica.
O professor Dragunski, seu orientador, também comemora a conquista: “Ficamos muito felizes. A Juliana sempre foi uma aluna dedicada; mesmo sem bolsa, já vinha direto ao laboratório, nos ajudar. Agora, terá que se dedicar mais ainda, o que, acredito, não será problema, pois se mostra sempre disposta na busca de novos conhecimentos”.
Ambas as pesquisas estão sendo preparadas para publicação em revistas científicas de circulação nacional e internacional.