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‘Desatando Nós’: Direito é parceiro do projeto que combate violência doméstica
Publicado em: 28/03/2018 às 16:00
Fundamentado na terapia ‘Constelação Familiar’, projeto vem trabalhando com vítimas e demais envolvidos em casos judiciais de violência doméstica e intrafamiliar
O curso de Direito da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Francisco Beltrão, é parceiro do projeto ‘Desatando Nós – Constelações Familiares aplicadas em casos de violência doméstica e intrafamiliar’, iniciado pelo juiz Paulo Roberto Gonçalves de Camargo Filho e que atualmente é coordenado pela juíza Daniela Maria Kruger e pela servidora Kátia Klipel.
O aumento do número de casos noticiando violência doméstica na cidade de Francisco Beltrão levou a Vara Criminal a investir no projeto, desenvolvido em colaboração, também, com o Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania) e Patronato Municipal.
O projeto vem trabalhando com vítimas e demais envolvidos em casos judiciais de violência doméstica e intrafamiliar. Klipel atua como palestrante e facilitadora sistêmica, com a participação da cofacilitadora e terapeuta Dezangela Colpani, ambas formadas em Constelação Familiar (na linha de Bert Hellinger, o criador da terapia).
Definida como uma abordagem terapêutica, as Constelações Familiares visam à conscientização do indivíduo sobre os motivos inconscientes que possam estar influenciando sua vida e possíveis transgressões às leis universais dos relacionamentos humanos (pertencimento, ordem e equilíbrio), definidas por Hellinger como “Ordens do Amor”.
O projeto já atendeu mais de 250 pessoas. Após pesquisa de satisfação, os participantes relataram melhora nas relações familiares, mudanças de comportamento e pensamento, conscientização sobre como o relacionamento conjugal poderá interferir na relação parental, pacificação dentro das famílias e restabelecimento de vínculos.
De acordo com o coordenador do curso de Direito da Unipar, professor Alexandre Magno, é importante destacar que alguns resultados individuais noticiaram busca por tratamento de vício em álcool, mulheres que retornaram aos estudos almejando novas oportunidades, melhora no quadro financeiro doméstico e empoderamento das partes para enfrentamento de demais adversidades da vida.
A coleta de informações e dados sobre a reincidência de casos e alteração na quantidade de demandas processuais ainda vem sendo realizadas pelos integrantes do projeto junto com a Vara Criminal de Francisco Beltrão.
“Projetos como este beneficiam a comunidade local e tornam-se indispensáveis para que a população conheça os resultados positivos alcançados. A execução deste projeto para o ano de 2018 permanece e poderá beneficiar um maior número de interessados, ainda mais quando o tema tratado é de grande relevância, como é o caso da violência doméstica”, argumenta Magno.