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Viagem técnica a pontos turísticos do Paraná desperta interesse pela história da engenharia
Publicado em: 31/01/2018 às 16:00
O roteiro incluiu visitas ao aterro sanitário de Curitiba, referência nacional, à fábrica de cimentos Itambé e ao segundo maior porto do Brasil, o de Paranaguá
Acadêmicos de Engenharia Civil da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Guaíra, fizeram uma viagem ao passado em uma visita técnica em que eles puderam conhecer as origens da engenharia, visitando pontos históricos do Paraná. O passeio foi planejado para que apreciassem as primeiras obras de infraestrutura e ver a evolução que sofreram.
O primeiro dia começou com uma descida pela Estrada de Ferro da Serra do Mar. O passeio de trem, que vai de Curitiba a Morretes, proporcionou aos acadêmicos imaginar as dificuldades relacionadas à construção que havia na época, quando a tecnologia era muito rudimentar. “Trazendo para nossos dias atuais, foi possível notar os problemas na realização desta obra, como edificar em mata fechada, a preocupação com a segurança dos operários e também na parte executiva de localização e direção”, salienta a coordenadora do curso, professora Vanda Lupepsa, falando a importância do projeto.
Segundo ela, o passeio levou os alunos a entender a importância que a estrada de ferro tem para o Paraná, pelo fato de ter sido uma via de escoamento de produção. Junto a isso eles observaram, durante o trajeto, as ruínas das sedes administrativas, das casas dos operários e todas as estruturas das pontes e viadutos.
Logo após, os acadêmicos partiram para Antonina, uma das cidades mais antigas do Paraná. “Esta visita proporcionou aos acadêmicos conhecer construções históricas e também apreciar as ruínas do que um dia foram grandes galpões à beira-mar; também puderam ver o processo de construção da época, não somente em beleza estética mas também em conforto térmico e acústico”, explica a coordenadora.
Em seu segundo dia, a viagem técnica levou a turma ao Morro do Cristo, em Guaratuba. Lá foi possível imaginar a dificuldade que os operários tiveram para construir o monumento em um ponto tão alto, em condições íngremes de acesso. “Como prêmio pela subida, eles puderam apreciar a maravilhosa vista que o local proporciona”, diz a professora.
No terceiro dia de viagem o destino foi o Porto de Paranaguá, segundo maior do Brasil, que mantém um projeto de recepção às instituições de ensino, proporcionando que os visitantes possam conhecer toda a sua história, suas instalações e ver a evolução por que passou em todos seus segmentos. No período da manhã, a visita foi na parte de dentro do porto, onde foi possível observar os berços de acordo com o segmento de carga e suas distinções. À tarde, os acadêmicos fizeram um passeio de barco para conhecer o lado externo do porto, oportunidade que tiveram para observar o carregamento dos grandes navios cargueiros; além disso, foram agraciados com a belíssima visão de lindos golfinhos, que acompanhavam o barco durante o trajeto.
Curitiba entrou no roteiro, no quarto dia. Na capital, os acadêmicos conheceram o aterro sanitário, onde puderam observar o que há de mais avançado em relação à sustentabilidade em centros urbanos. O local, administrado pela empresa privada Estre Ambiental, tornou-se referência nacional, pois mostra como algo que parece ser inútil pode gerar lucro e, o melhor de tudo, proteger o meio ambiente. Lá, o chorume do lixo é transformado em gás e energia, ou seja, não é jogado de maneira indevida na natureza.
O aterro atende vários municípios da região metropolitana de Curitiba. Além disso, recebe e trata resíduos de solo contaminado de empresas que trabalham com combustíveis e outros contaminantes.
A aluna Cheila Brambilla Freire participou da viagem. “Como o slogan da empresa diz ‘lixo é só o começo’, no aterro pudemos ver o tratamento do chorume e como os gases advindos do lixo são transformados em energia e aprendemos como podemos reaproveitar coisas que aparentemente não servem para nada”, comenta.
Nesse dia a turma também visitou a Fábrica de Cimentos Itambé, onde foi possível ter noção do processo de fabricação de um dos materiais mais utilizados na construção civil, o cimento Portland.
Um representante da empresa explicou aos acadêmicos desde o processo de extração da matéria-prima até a parte do controle de qualidade da embalagem. “Ter visto de perto como funciona a fábrica foi de extrema importância para estes futuros engenheiros”, destaca a coordenadora.
O último dia da viagem foi dedicado ao conhecimento de geologia e mineralogia e sobre as águas subterrâneas do Paraná. Para essa aula prática, os acadêmicos foram levados ao Parque Estadual de Vila Velha, próximo a Ponta Grossa, onde foi possível conhecer as formações geológicas e também conhecer e entender as Furnas ou Dolinas, pequenas depressões no solo que fazem parte do parque e são formadas pelo movimento das águas subterrâneas.
“A viagem proporcionou um conhecimento técnico e cultural muito grande aos acadêmicos em diversos segmentos da Engenharia. A próxima já está programada para este ano e espera-se que seja ainda melhor”, comemora a coordenadora.