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Umuarama: Horto Medicinal dá suporte a mais de vinte projetos
Publicado em: 02/09/2010 às 16:50
Laboratório a céu aberto, espaço recebe estudantes e professores que desenvolvem estudos com plantas e outras ações educativas
Desde 1996, a Universidade Paranaense – UNIPAR investe num projeto que contempla a área fitoterápica. O Horto Medicinal, localizado no Campus Cruzeiro (Campus II), ocupa uma área superior a três hectares, onde são cultivadas mais de 450 espécies de plantas medicinais (a maioria), aromáticas, ornamentais e tóxicas. Com cunho educativo e científico, é o maior do Paraná.
Ligado ao curso de Farmácia, o projeto tem estrutura para dar suporte a estudos multidisciplinares, em âmbito de ensino, pesquisa e extensão universitária. “Desenvolvemos material para experimentos de pesquisa e aulas práticas e também para monografias de TCC (trabalho de conclusão de curso)”, informa a coordenadora, professora Ezilda Jacomassi.
Além de produzir a matéria-prima, o espaço traduz-se em laboratório a céu aberto, já que muitos estudos são feitos in loco. Mais de dez professores, que trabalham com atividades relacionadas a plantas, usufruem dos recursos do Horto Medicinal da Unipar, aberto, para este fim, a outras instituições de ensino da região, que também realizam pesquisas no local. “Isso equivale dizer que o projeto está, neste ano, com mais de vinte projetos de pesquisa, além de outros estudos de TCC”, calcula a coordenadora.
A estudante de Farmácia Karina Natally, bolsista do PIBIC (Programa Institucional Bolsa de Iniciação Científica) da Unipar, diz ter o privilégio de participar de pesquisa no Horto. Ela auxilia a professora Ezilda no projeto ‘Levantamento Florístico do Horto Medicinal’.
Orientada pela professora, ela passa horas do dia catalogando plantas para o herbário. “Identificamos a planta, realizamos a coleta, a prensagem, a secagem e a montagem das exsicatas, com etiquetas devidamente identificadas com nome, família da planta, característica, nome popular e número de registro”, informa a estudante. Essa catalogação é importante, segundo ela, para facilitar o trabalho dos pesquisadores, que precisam dos números de registro.
Karina diz gostar muito do lugar – “tranquilo, cercado de verde” – e do que faz: “É muito gratificante a oportunidade; gera conhecimento... gosto de estudar os princípios ativos dos medicamentos e acompanhar os projetos do horto”.
As estudantes Juliana Okamoto e Luana Pereira, também de Farmácia, auxiliam nas atividades. “O aprendizado aqui é muito grande”, enfatizam.
Socializar conhecimentos Disseminar conhecimentos sobre plantas é outro objetivo do projeto, atenta a coordenadora, professora Ezilda Jacomassi. Por isso, no local são produzidas mudas para comercialização (a preços simbólicos) numa mostra realizada pelo curso, anualmente. A Casa de Vegetação, que fica dentro do Horto, já está cheia delas. “O dinheiro arrecadado é aplicado no projeto. A meta é torná-lo autossustentável”, informa. “Este ano, a mostra deve acontecer no início de outubro”, avisa.
Pessoas da comunidade, ligadas ou não a escolas e entidades, também podem buscar informações sobre plantas no Horto Medicinal da Unipar. A coordenação do projeto agenda e monitora as visitas, esclarecendo dúvidas e, principalmente, enaltecendo os benefícios comprovados cientificamente das plantas. O agendamento é realizado pelo Prove (Programa de Valorização da Educação), pelo telefone (44) 3621-2842.