Professores de Ciências Contábeis participam do fórum CRCPR em Curitiba
Publicado em: 13/12/2017 às 14:40
O coordenador do curso em Umuarama, Clóvis Uliana, esteve entre os que representaram instituições do Paraná e Santa Catarina no evento
O coordenador do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paranaense – Unipar, professor Clóvis Uliana, participou do Fórum de Professores de Ciências Contábeis do CRCPR (Conselho Regional de Contabilidade do Paraná), que abordou o papel do educador e as metodologias ativas (em 25/10).
O evento foi organizado pela Comissão de Coordenadores e Professores do Curso de Ciências Contábeis, sob a coordenação da professora Luci Michelon Lohmann, e reuniu 40 participantes, que representaram diversas IES (Instituições de Ensino Superior) de Curitiba, interior do Paraná e Santa Catarina.
Após ter recepcionado os participantes, Luci convidou a primeira palestrante da noite, Rosane de Mello Santo Nicola, professora da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) e membro do CrEAre (Centro de Ensino e Aprendizagem da PUCPR), para conduzir a discussão sobre o tema ‘Metodologias ativas de aprendizagem: Possibilidades na formação inicial do bacharel em Ciências Contábeis’.
Após falar dos desafios atuais da educação superior, Rosane fez referências às sete habilidades ausentes aos alunos dos cursos superiores da área de tecnologia e que constituem um grande desafio a ser vencido pelos educadores na atualidade: a capacidade dos alunos de fazer boas perguntas; de reconhecer objetos e processos; de compreender fenômenos e elaborar modelos quantitativos; de dividir problemas complexos; de identificar grandezas e fazer mediações; de representar fenômenos e relações; e de expressar idéias, conceitos e resultados.
"No ensino de ciências contábeis, os desafios não são diferentes, quem detém a palavra na maior parte do tempo, nós ou os alunos? As tarefas que propomos demandam raciocínio próprio ou os estudantes devem apenas seguir procedimentos já propostos em situações semelhantes?", questionou a professora, provocando os participantes a refletir a respeito da atual metodologia de aulas. E abordou como solução para este problema o método peer education, que consiste em que o aluno aprenda trocando informações e conhecimentos com outros alunos e o professor faça o papel de mentor durante o aprendizado.
Outro problema levantado foi o do uso dos smartphones pelos alunos em sala de aula, um dos principais problemas que professores enfrentam hoje em dia. Sobre isso, Rosane propôs que os professores usem o celular como aliado para envolver os alunos na sua disciplina, usar o celular para realizar pesquisas sobre o tema abordado e fazer uso do Socrative, uma ferramenta que auxilia no aprendizado ativo.
A segunda palestra foi ministrada pela pedagoga Katia Ethienne Esteves dos Santos, doutoranda em educação na PUCPR. Ela abordou o tema ‘Inovação no ensino superior na era da disrupção – A importância no novo papel do professor do ensino híbrido e das metodologias ativas’. A palestra contou com momentos de atividades em grupo.
Ela mostrou dados sobre a situação atual da educação, como os do relatório State of Connectivity 2015, A Reporto n Global Internet Access, segundo o qual, ao longo dos últimos 10 anos, a quantidade de pessoas conectadas à internet vem crescendo em proporções de 200 a 300 milhões de pessoas por ano.
“A tecnologia chegou. O mundo mudou. O tempo que a mercadoria e as pessoas levavam para chegar ao destino com um barco a vela passou a ser muito grande quando surgiu o barco a vapor. Mas a substituição não aconteceu de um dia para o outro. O barco a vapor foi sendo adotado gradualmente. Muitas tentativas, muitos projetos, muitas experiências, muitas coisas que funcionaram, outras não... vamos deixar os dois sistemas por enquanto... A mesma coisa acontece na educação. Vamos fazer uma aula com metodologias ativas, mas eu também vou ter os meus 15 minutos para exposição, para fazer um fechamento da aula. E o barco vai navegando”, argumenta a palestrante, comparando a substituição de tecnologia de barco com as metodologias de educação.
Katia também citou o papel do acadêmico e do professor durante a etapa de aprendizagem: “Parte da responsabilidade é nossa, no planejamento, na organização, na questão do empoderamento, porque nós somos os líderes que vão empoderar os alunos; e outra parte é do aluno, aquele que pegou o celular e foi pesquisar, daquele que liderou o grupo na atividade proposta. Essa questão do empoderamento e do protagonismo está muito em voga, mas não é unilateral. Só haverá o aluno protagonista e se eu também o for como professor”.
O fórum foi encerrado com uma mesa-redonda, em que os palestrantes e os participantes puderam trocar experiências e tirar dúvidas sobre os temas abordados.
O professor da Unipar diz que o evento foi muito proveitoso. “As temáticas apresentadas foram ótimas e nos impulsionam à busca de algo inovador dentro do campo das metodologias ativas e tecnológicas; é fundamental buscarmos cada vez mais reflexões da importância de utilizarmos tais instrumentos que nos possibilitam proporcionar formação com diferenciais”, afirma Uliana