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Direito: Vara Criminal aplica nova técnica na solução de casos de violência doméstica
Publicado em: 25/10/2017 às 17:00
Definida como abordagem terapêutica, a Constelação Sistêmica e Familiar visa à conscientização do indivíduo sobre os motivos inconscientes que possam estar influenciando seu destino; projeto é realizado em parceria com o Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos) da Unipar
Quase todos os processos judiciais envolvendo direito de família e direito penal, em especial, de violência doméstica, trazem como causa do conflito questões inconscientes e emocionais, desconhecidas pelo Juiz, as quais não podem ser resolvidas somente com uma sentença baseada em dispositivos legais e puramente técnicos.
Diante disso, o Judiciário percebeu a necessidade de utilização de nova técnica, as Constelações Sistêmicas e Familiares, visando à conscientização e orientação, para que os juízes possam buscar a melhor solução dos conflitos.
Como explica a terapeuta Dezângela Colpani, essa técnica é definida como uma abordagem terapêutica, visando à conscientização do indivíduo sobre os motivos inconscientes que possam estar influenciando seu destino. “Ela traz uma nova percepção sobre os conflitos, buscando a fundo os reais motivos das desavenças familiares e a melhor alternativa para solução e envolvendo diretamente os litigantes de um processo”.
Na comarca de Francisco Beltrão, a Vara Criminal vem aplicando as Constelações Familiares nos procedimentos envolvendo violência doméstica, por meio de palestras de conscientização e oficinas, realizadas em parceria com o curso de Direito da Universidade Paranaense – Unipar.
Atuam no projeto duas profissionais habilitadas, com formação em Constelação Sistêmica e Familiar. Além da terapeuta e facilitadora Dezângela, está a facilitadora Kátia Klipel, servidora do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Neste mês, começaram as oficinas de constelações familiares nos processos envolvendo disputa de divórcio, guarda, alimentos, entre outros, através da Vara de Família e Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos) da Unipar.
Para o professor Alexandre Magno Augusto Moreira, coordenador do curso de Direito da Unipar, “parcerias como estas, demonstram a real preocupação institucional com a sociedade e o incentivo do curso com projetos em prol da comunidade. Portanto, é preciso que a população saiba da existência de tais projetos e o real benefício deles”, destaca.