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NOTÍCIA

HV da Unipar atende bebê cervo encontrado machucado e perdido da mãe

Publicado em: 06/10/2017 às 17:35

Após queimada, animal silvestre foi trazido para atendimento; raio x acusou fratura na patinha

Cervo e a patinha quebrada: desgarrado da família depois de uma queimada na Ilha Grande
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Cervo em atendimento no Hospital Veterinário
Professor Salviano Belettini e o cervo: atendimento especializado para amenizar sofrimento do bebê
Os médicos veterinários, egressos da Unipar, Diogo Camillo e Michelle Camillo
O secretário de meio ambiente de São Jorge do Patrocínio, Ronaldo Bunzel, alimenta o cervo
O secretário de meio ambiente de São Jorge do Patrocínio, Ronaldo Bunzel, alimenta o cervo
O secretário de meio ambiente de São Jorge do Patrocínio, Ronaldo Bunzel, alimenta o cervo
Cervo galheiro ao chegar no HV: paciente especial

O hospital veterinário da Universidade Paranaense – Unipar recebeu, na quinta-feira, um paciente especial, que mudou a rotina do ambiente acadêmico: um cervo galheiro, de dois meses, que se perdeu da mãe e foi capturado machucado, após um incêndio na Ilha Grande, em São Jorge do Patrocínio/PR.

O cervo foi atendido pelo professor do curso de Medicina Veterinária, Salviano Belettini, especialista em animais selvagens; para o atendimento, ele contou com o auxílio de outros médicos veterinários do HV e acadêmicos. O animal passou pela sala de diagnóstico por imagem; a radiografia acusou fratura em um dos ossos do antebraço.

Os médicos veterinários Diogo Camillo e Michelle Camillo, de São Jorge do Patrocínio (egressos do curso de Medicina Veterinária) foram os primeiros a atender o animal. É que eles fazem trabalho voluntário em uma chácara que acolhe animais silvestres para reabilitação. O cervo foi levado para lá, antes de eles trazerem para o HV. “Percebemos que o animalzinho precisava de atendimento especializado, por isso recorremos ao HV, onde fomos prontamente atendidos”, conta Diogo.

Segundo o professor Salviano, com alguns cuidados o animal tem grandes chances de se recuperar: “A princípio, com imobilização e tratamento medicamentoso, acredito que a fratura vai ser resolvida; posteriormente, dependendo da evolução do quadro, ele poderá ser reintegrado à natureza”.

Este é um entre os vários casos especiais que o HV atende no dia a dia. Ao longo dos seus 19 anos de história, já fez incontáveis atendimentos a animais silvestres, uma das especialidades do HV. Leão, tigre, macaco, raposa, quati, coruja e cobra são alguns exemplos de pacientes selvagens recebidos.

Os primeiros trabalhos nesta área foram realizados pelo professor doutor José Ricardo Pachaly, que é referência internacional nesta modalidade; na Unipar, Pachaly leciona na graduação e nos cursos de especialização e de mestrado e doutorado em Ciência Animal. 

Salviano foi aluno de Pachaly. Ele conta que atender animais silvestres é diferente em relação aos domésticos: “O que muda são os métodos de abordagem e de logística... precisamos tirar os animais domésticos de perto, para que os silvestres não se estressem e não venham a ter maiores complicações, ou seja, precisamos isolar o espaço em que vamos trabalhar. Dá um pouco mais de trabalho, mas no final é gratificante poder aliviar ou acabar com o sofrimento dos bichinhos”.

Queimadas

O secretário de meio ambiente de São Jorge do Patrocínio, Ronaldo Bunzel, acompanhou o procedimento no HV. Ele lamentou o fato. “Este cervo teve a sorte de ter sido socorrido, mas muitos outros animais, vítimas de queimadas, acabam morrendo”, comentou.

E ratificou sua indignação com as queimadas: “Infelizmente, sempre depois que ocorrem, deixam um rastro grande de destruição, prejudicando consideravelmente não só a flora, mas também a fauna da Ilha Grande. Isso é lamentável! Nossa região não tem nenhum lugar para recorrermos em casos mais graves, mas felizmente a Unipar sempre está à disposição e nos socorre”.

Em São Jorge do Patrocínio, os médicos veterinários Diogo e Michelle costumam estar sempre atentos e disponíveis para colaborar. “Somos apaixonados por animais e decidimos participar deste projeto [o refúgio na chácara], oferecendo nossos serviços gratuitamente”, diz Diogo. 

O que os motivou a entrar para esta causa foi a necessidade de resolver um problema crucial, que não tinha como até a implantação do abrigo na chácara. “Percebemos que quando alguém encontrava um animal silvestre ferido ou perdido não sabiam o que fazer, a quem recorrer... sendo assim, decidimos ajudar por amor; e sempre que precisamos intervir com maiores recursos buscamos o apoio da Unipar, que nunca nos nega”, ressalta Michelle.

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