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Umuarama: Professora e aluna visitam Unipalmares
Publicado em: 24/08/2010 às 14:50
A professora doutora Tereza Rodrigues Vieira e a aluna Ivonete Santos, em São Paulo, conheceram a primeira universidade brasileira voltada ao atendimento do público afrodescendente
Aproveitando mais uma oportunidade oferecida pela Universidade Paranaense – UNIPAR, a professora do mestrado em Direito, doutora Tereza Rodrigues Vieira, e a aluna do segundo ano da graduação em Direito, Ivonete Santos, Campus-Sede, viajaram a São Paulo e visitaram a Unipalmares, recentemente visitada pela secretária norte-americana, Hillary Clinton.
A Unipalmares (Faculdade Zumbi dos Palmares) é caracterizada por ser a primeira universidade brasileira voltada ao atendimento do público afrodescendente. “85% dos alunos, professores e funcionários são afrodescendentes, mas a cor da pele não é uma imposição da instituição”, explica a professora.
Recebidas pelo reitor José Vicente e pelo coordenador do curso de Administração, professor Márcio Juliano, elas conheceram o campus e foram apresentados para professores da instituição. “Fomos recebidas com muita cortesia e pudemos conhecer toda a instalação”, conta.
Segundo ela, a visita se deu em decorrência de um projeto de pesquisa que coordena. “O projeto versa ‘A inclusão social do negro no Brasil e a implementação de ações afirmativas para a fruição dos direitos fundamentais’, e Ivonete [que também é graduada em História pela UNIPAR] participa, por meio do programa de iniciação científica”.
Na oportunidade, a professora presenteou a biblioteca da Unipalmares com dois exemplares do livro ‘Ensaios de Bioética e Direito’, que tem como co-autores alguns de seus ex-alunos.
“Estou emocionada em ver tantos negros na universidade, em meio a um ambiente sem discriminação. Isto é um sonho. Percebi que eles andam de cabeça erguida, sorridentes... uma verdadeira democracia não se constrói com exclusão baseada na cor da pele”, comenta a aluna Ivonete. “No Brasil, os índices mostram que a maioria dos alunos negros conclui o ensino fundamental param de estudar para se dedicar ao trabalho e ajudar a família. Isso é lamentável, tem que mudar; todos têm que ter o direito de continuar estudando... só assim edificarmos a verdadeira cidadania”, acrescenta.