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Diferenças do Direito entre países centraliza debate no Ciclo de Estudos Jurídicos
Publicado em: 30/08/2017 às 15:50
Entre os conceituados palestrantes estavam pesquisadores da Argentina e do Chile
Com convidados da Argentina, Chile e Brasil, o 32º Ciclo de Estudos Jurídicos do Noroeste do Paraná ganhou ares latino-americanos. Promovido pelo curso de Direito e pelo mestrado em Direito Processual e Cidadania da Universidade Paranaense – Unipar, em Umuarama, a programação contou com palestras e, em paralelo, com o 14° Encontro de Iniciação Científica e o 7° Fórum Pedagógico (de 16 a 18/08). Todos os convidados são conceituados autores de livros.
Um deles foi o chileno Cristian Marcelo Contreras Rojas, que veio para falar sobre ‘Presente y futuro del processo civil chileno: Uma reforma pendiente’. Da Argentina vieram Carlos Enrique Camps, que abordou ‘Aspectos actuales del proceso civil en Argentina’, e Maria Victoria Mosmann, que falou sobre ‘Estado actual de los procesos colectivos en la República Argentina’.
A pauta também priorizou discussão sobre ‘Teoria da Decisão Judicial’, com o juiz e pesquisador de Curitiba, Francisco Cardozo Oliveira; ‘Flexibilização procedimental no novo CPC’, com o juiz e pesquisador Fabio Caldas de Araújo, de Xambrê/PR; e ‘Os Precedentes Judiciais no CPC/2015’, com a professora e associada do Instituto Brasileiro de Direito Processual, Gisele Mazzoni Welsch, de Porto Alegre/RS.
No Encontro de Iniciação Científica os acadêmicos tiveram oportunidade de apresentar trabalhos resultantes de pesquisa científica, sendo avaliados por uma banca composta por professores e profissionais da área.
Outro momento importante foi o Fórum Pedagógico, em que alunos e professores discutiram o projeto político-pedagógico e deram sugestões para melhorar a qualidade da graduação.
O direito e a globalização
O professor da Universidade Paranaense, Unidade de Francisco Beltrão, Bruno Dias acompanhou o evento, em Umuarama. Ele ressalta que este intercâmbio com profissionais internacionais é extremamente fundamental: “Vivemos em um mundo globalizado e não tem como imaginar que vivamos sozinhos, porque as empresas têm sede e negócio aqui e fora e o trânsito de pessoas é muito grande, o nosso país recebe muitos refugiados e asilados”.
Segundo ele, os acadêmicos têm que ser preparados para este mundo: “Eles precisam entender estes desafios... se o processo é o instrumento pelo qual procuramos resolver os nossos problemas enquanto sociedade e a sociedade se tornou internacional, é necessário que nós também sejamos”.
Ele diz também que é preciso apontar as principais diferenças de um país para o outro: “A base fundamental de todos nós é mais ou menos a mesma: a estrutura de que se usa no Brasil é a mesma que se usa na Itália, Argentina ou no Chile; no entanto, existem formas peculiares de como cada uma das sociedades enxerga o problema, de como cada uma das Justiças vem decidindo as coisas”.