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Simpósio do curso de Psicologia encerra com Sarau
Publicado em: 21/06/2017 às 16:00
A Semana contemplou os temas Reforma Psiquiátrica, autismo, atuação em urgência e emergência e nas áreas jurídica, hospitalar e de fissura labiopalatal
Com contextos profissionais diversificados, foi realizado, na última semana, o Simpósio de Psicologia da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel. O encontro de abertura reuniu duas convidadas especiais, a psicóloga Flávia Vasques e a assistente social Leandra Vidal, que atuam na saúde mental em Barbacena, Minas Gerais.
O convite foi de extrema relevância, tendo em vista que a cidade é referência em psiquiatria no Brasil. As palestrantes compartilharam suas experiências de trabalho durante a luta antimanicomial e, agora, com as residências terapêuticas, enaltecendo a mudança de paradigma do atendimento hospitalar para a assistência.
Um material de estudo utilizado foi o documentário ‘Em nome da razão’, que denuncia os maus tratos em Barbacena. “O louco era apartado da sociedade e a Reforma Psiquiátrica vem com a Lei que garante direitos civis, fundamentada na luta de muitos anos, que contesta o descuidado manicomial e revê o modo de cuidado. A ideia é mostrar à sociedade que apesar de ‘louco’ é um sujeito, que está no território e com possibilidade de reabilitação, convívio e novas formas de lidar com as próprias dificuldades”, afirma Flávia.
Outro tema de interesse foi ministrado pela psicóloga Vanessa Cardoso, integrante de Médicos Sem Fronteiras, do Rio de Janeiro.
A profissional contou como funciona esta organização humanitária, articulou a diferença entre desastre e emergência, dando ênfase ao exercício de ensinar primeiros-socorros psicológicos em casos pós enchente com sobreviventes até 72h. Contextualizou, ainda, como é o trabalho em equipe multidisciplinar - integrado com a rede, o que é plano de contingência e qual o papel do psicólogo.
Discussão bastante em voga na sociedade, o transtorno do espectro autista também foi tema de palestra. De São Paulo, foi convidada a psicóloga clínica Laura Rocha, trazendo as possibilidades de intervenção a partir da aplicação da análise do comportamento. A psicóloga destacou os principais déficits e como intervir enquanto terapeuta. “É importante que o conhecimento chegue a todos os profissionais da saúde, que as vezes não reconhecem o autismo e não conseguem fazer um encaminhamento adequado”, pontua.
Contemplando diversos campos profissionais, aconteceram também os minicursos, com assuntos como Psicologia Jurídica, com Gabriela de Conto Bett, Psicologia Hospitalar, com Fernanda Fagnani Soares, Psicologia Organizacional, com Priscila Rosa, Trabalho do psicólogo em contexto de fissura labiopalatal, com Juliana Klein, e Sandplay - terapia da caixa de areia, com Adriana Lopes.
A semana de atividades também oportunizou a apropriação e disseminação da pesquisa, com a apresentação de trabalhos científicos, e a valorização da arte, com o Sarau de encerramento.