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NOTÍCIA

Cosméticos veterinários: Doutorado aborda biotecnologia aplicada à estética animal

Publicado em: 02/06/2017 às 15:00

A pesquisa de Rosângela Rumi Sugauara tem como objetivo desenvolver produtos para o mercado de pequenos animais

A médica veterinária Rosângela Sugauara no laboratório de biotecnologia da Unipar: pesquisa com folhas de gabiroba
Estudo tem por objetivo investigar moléculas bioativas da planta
Estudo tem por objetivo investigar moléculas bioativas da planta
Estudo tem por objetivo investigar moléculas bioativas da planta

A instabilidade econômica não desanima os investidores do mercado pet. Pelo contrário, o cenário é promissor e, a cada ano, se fortalece com novidades nas áreas de alimentos, hotelaria, brinquedos e de cuidados com a saúde e com a estética. A doutoranda Rosângela Rumi Sugauara está com olhos voltados para este último.

Aluna do programa de doutorado em Biotecnologia Aplicada à Agricultura da Universidade Paranaense – Unipar, médica veterinária está concentrada em pesquisar o que segue o tema ‘Biotecnologia aplicada à estética animal’.

Os estudos acontecem nos laboratórios de química de produtos naturais e de biotecnologia de produtos vegetais e de micro-organismos da Unipar, sob orientação da professora doutora Zilda Cristiani Gazim. Ela conta que desde a graduação tinha interesse em trabalhar nessa área.

“Observando a grande procura por produtos de embelezamento, optei por esta linha; sendo assim, tenho investigado a utilização de moléculas bioativas de plantas nativas no desenvolvimento de produtos cosméticos para banhos de imersão, massagens, ou seja, produtos voltados a promover melhoria da aparência do pelo dos animais”, explica Rosângela.

No momento, ela e sua orientadora estão realizando a identificação botânica da planta gabiroba. “Se obtivermos bons resultados, nosso objetivo é patentear as formulações desenvolvidas, para que o mercado pet possa dispor dos produtos”, avisa. A ideia é produzir xampu, condicionador e loção antimicrobiana.

Ela ressalta que durante os estudos verificou nas folhas de gabiroba a presença de saponinas, que são compostos com atividades antimicrobianas: “Desta forma estamos desenvolvendo protocolos para incorporação destas biomoléculas nos produtos com o intuito, também, de combater bactérias e fungos presentes nos pelos dos animais”.

Fontes Naturais

A pesquisadora da Unipar frisa ainda que dos produtos disponíveis no mercado pet, alguns são naturais e outros de origem sintética. “O que estamos propondo em nosso projeto são produtos que contenham, em sua composição, moléculas bioativas, vindas de fontes naturais. Outra diferença é que durante a pesquisa temos o cuidado de verificar a toxicidade destas biomoléculas, visando sempre o bem-estar do animal”.

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