Projeto avalia situação nutricional de crianças das escolas municipais
Publicado em: 31/05/2017 às 17:00
Estudo obteve dados como peso, idade, sexo e altura de 6.742 alunos de Francisco Beltrão; com as informações será possível elaborar novas orientações nutricionais para cada escola
A prevalência de obesidade infantil tem aumentado a cada década no Brasil e no mundo. As associações metabólicas, cardiovasculares, pulmonares, ortopédicas e psicológicas estão diretamente ligadas ao excesso de peso na infância e são um fator de risco para o desenvolvimento da obesidade na vida adulta. Ou seja, há um risco grande da criança obesa permanecer nesta condição.
Preocupados com essa realidade, a Universidade Paranaense – Unipar e a Prefeitura de Francisco Beltrão desenvolveram um projeto, entre os meses de março e maio, para monitorar a qualidade de vida dos alunos da rede pública. O trabalho foi feito pelos acadêmicos do curso de Nutrição, que, coordenados pela professora Greicy Peretti, finalizaram um amplo estudo antropométrico das crianças.
Eles avaliaram o peso, idade, sexo e altura de 6.742 alunos do município, verificando alguns indicadores de saúde, como o IMC (Índice de Massa Corporal). “Sabemos que a obesidade infantil é um dos grandes males desta década. E com esses dados podemos ter uma noção de como estão nossas crianças, traçar uma espécie de perfil municipal”, afirma a professora Greicy, que também é coordenadora do curso de Nutrição. “E em parceria com o poder público podemos gerar novas orientações nutricionais para cada escola, em específico”, explica.
Segundo ela, ao ter um perfil do estado nutricional da criança, o poder público pode direcionar campanhas de conscientização alimentar com atividade física, contribuindo para uma população mais saudável. “Com essas campanhas, no decorrer de algumas décadas, será possível reduzir os gastos com as doenças correlacionadas aos hábitos alimentares, pois as crianças já crescem com uma nova consciência alimentar”.
“Esse tipo de estudo já faz parte da programação do curso de Nutrição, o que ajuda os futuros profissionais a se familiarizarem com a realidade da população. E ao correlacionarem esses parâmetros, têm sua atuação no mercado de trabalho facilitada”, enfatiza a coordenadora.
A acadêmica Bruna Letícia Rocha é pontual ao afirmar que “participar da avaliação das crianças foi uma grande experiência, pois proporcionou contato com a realidade da profissão e o entendimento de que somente a sala de aula e a teoria não são suficientes para a nosso formação, é necessário um envolvimento a mais. E sabendo da realidade e dos problemas encontrados podemos pensar melhor nossas abordagens”.