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Aula Magna faz paralelo das Políticas Públicas de Saúde e o Fisioterapeuta Gestor
Publicado em: 02/05/2017 às 17:00
Tema foi discutido pelo secretário de Saúde de Toledo, Thiago Stefanello
O Brasil vive um novo momento, em que a sociedade não aceita mais desmandos, abrindo caminho para os técnicos e o papel do gestor em áreas e atividades como a saúde pública. A afirmação foi feita pelo secretário de Saúde de Toledo e ex-diretor da 20ª Regional de Saúde, Thiago Stefanello, durante a Aula Magna que ministrou para estudantes do curso de Fisioterapia da Universidade Paranaense (em 26/4).
Ele palestrou logo após a abertura da aula, quando o coordenador do curso da Unipar, professor Jefferson Amaral dos Santos, deu boas-vindas aos novos alunos e lhes desejou uma ótima jornada ao mundo acadêmico. Stefanello abordou o tema ‘Políticas Públicas de Saúde de Toledo e o Fisioterapeuta Gestor’, pontuando problemas ocorridos na área da saúde de municípios da região, como Foz do Iguaçu e Medianeira. “A saúde demanda de mais gestão”, alertou.
Segundo o palestrante, que é formado em Fisioterapia e foi diretor do Hemepar de Cascavel e a Casa de Saúde Bom Jesus, em Toledo, a sociedade está precisando de pessoas mais técnicas nessa área. “Não se pode mais pensar em saúde de forma apenas política, sem uma base técnica para sua gestão, pois quem não tem esta visão acaba incorrendo em problemas jurídicos”, ressalta.
As questões nem sempre são de desvios, explica ele, mas sim de mau uso dos recursos públicos. “Está cada vez mais difícil. Portanto, precisamos de gestores para atender toda esta pressão que vem da sociedade”, lembra, defendendo que o fisioterapeuta também deve ficar atento a este aspecto de gestão. “O fisioterapeuta pode atuar na clínica, mas também pode fazer gestão”.
Stefanello enalteceu ainda que a fisioterapia na área da saúde não envolve tantas disputas. “A disputa maior é entre enfermeiros e médicos, o que faz com que o fisioterapeuta fique mais pelo meio e consiga compreender muito bem seu papel, dialogando com a classe médica e entendendo os percalços da enfermagem”.
Porém, ele afirma que o fisioterapeuta precisa estar preparado para isso, assim como deve gerir sua própria atividade. “Não adianta ser excelente profissional e mau gestor da clínica”, aponta, destacando que isso passa por cuidar de custos com contas, como energia e telefone, receitas, convênios e outras tarefas. “Procurem levar isso para as clínicas de vocês, para a gestão que terão que fazer.”
Thiago Stefanello também falou dos projetos na área de saúde e os espaços que abrem para os fisioterapeutas. “Tem muita vaga por abrir”, disse ele, destacando que o Centro de Fisioterapia e Reabilitação e Práticas Complementares deverá ser inaugurado até o final do ano, em Toledo. “Daqui dez anos, com toda a sua estrutura que está sendo montada, como o curso de Medicina e o futuro Hospital Regional, a cidade terá uma das melhores saúdes do Brasil”, afirmou o secretário toledano.
A Aula Magna contou também com programação cultural, em que os alunos Lucas de Sousa Barbosa, Kátia Regina, Matheus Vieira e Bruna Marcusso cantaram e tocaram para os colegas. O repertório incluiu o sucesso “Trem Bala” e uma paródia que abordou alguns dos principais conteúdos estudados no segundo ano do curso de Fisioterapia.