Fotografia documental: Reitor recebe autor do livro ‘Bacia dos Bichos’
Publicado em: 19/04/2017 às 16:50
O encontro de Carlos Eduardo Garcia e Sérgio Vercezi rendeu boa conversa sobre a rica fauna da bacia do Rio Paraná
O Reitor da Universidade Paranaense - Unipar, Carlos Eduardo Garcia, recebeu o fotógrafo e autor do livro 'Bacia dos Bichos’, Sérgio Vercezi, para uma conversa informal sobre a obra lançada recentemente, em Umuarama, que reúne fotos primorosas de mamíferos, répteis, aves e exemplares de outras classes que vivem na bacia do Rio Paraná.
Para a produção das fotos e publicação do livro, Vercezi contou com a parceria do fotógrafo sul-mato-grossense Luiz Gonzaga. A dupla percorreu mais de dez mil quilômetros para concretizar o projeto; eles começaram pelo Noroeste do Paraná (Porto Rico) e continuaram pela costa Oeste do Estado; também circularam pelo Pantanal e avançaram para a região de Esteros del Ibera, na Argentina.
“A beleza não tem fronteiras”, exclamou o Reitor, ao folhear o livro. Ele disse que ficou impressionado com a qualidade técnica e artística da obra: “Ficou fascinante e surpreendente; é um trabalho que precisa ser valorizado, pois evidencia o quanto nossa fauna é rica e bonita! Vejo esta obra não só como um esboço e um registro dos bichos que nos cercam, mas também como resultado de uma empreitada árdua, perseverante e útil para ampliarmos os conhecimentos sobre a nossa região”.
O Reitor também elogiou o esmero investido na finalização do livro, que saiu com 232 páginas e com respaldo da Lei Rouanet: “Esse esmero todo reforça a qualidade que o trabalho estampa no conjunto; realmente um feito com relevância inestimável”.
Vercezi contou ao Reitor que, entre 2014 e 2016, fizeram 25 mil registros fotográficos e, desse acervo, conseguiram publicar apenas um por cento. “Mesmo assim, ficamos muito satisfeitos; temos orgulho do conhecimento adquirido nesta excursão, que exigiu uma boa dose de ousadia, além de dedicação e habilidades na arte fotográfica”, afirmou.
Entre os retratos de bichos publicados está o de um tamanduá-bandeira. Vercezi se empolga quando conta como se deparou com o papa-formigas, nas proximidades do Porto Caiuá: “Foram seis tentativas para fotografá-lo frustrantes; as fotos não ficaram boas... Não desistir foi decisivo, pois na sétima vez demos de cara com ele e aí conseguimos fazer 300 cliques”.
Do acervo, ele também destaca o surucuá, um pássaro raro que fotografou na bacia do Rio Piava. “No geral, são tantas fotos, de bichos tão encantadores, que não dá pra escolher as mais significativas ou os mais importantes; para nós [os autores], todas e todos são determinantes para a comunicação do que temos para preservar daqui por diante”.
Agora, Vercezi e Gonzaga se concentram em projetos de divulgação do trabalho [duas exposições foram realizadas com sucesso: uma no Centro Cultural Vera Schuber, de Umuarama, e outra no Museu Histórico de Santa Catarina, em Florianópolis]; eles aceitam convites para palestras e bate-papos em escolas e outras entidades. O objetivo é mostrar não só o que fotografaram ou as experiências vividas durante o giro pela bacia do Rio Paraná, mas também colaborar para estimular o debate sobre conservação ambiental.