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Cascavel: PIAE promove campanha sobre malefícios das drogas
Publicado em: 11/08/2010 às 10:50
Palestra sobre o assunto foi ministrada pelo professor doutor Antônio Brandão, que enfatizou a importância do exercício da cidadania, da criação de políticas públicas e incentivo à educação
Calouros de todos os cursos e veteranos da área da saúde da Universidade Paranaense – UNIPAR foram convidados para ouvir a palestra de prevenção aos vícios, dependências químicas, tabagismo e uso abusivo de bebidas alcoólicas, ministrada pelo professor doutor Antônio Brandão.
A campanha está sendo realizada pelo PIAE (Programa Institucional de Atenção ao Estudante), em parceria com a direção do Campus e curso de Psicologia e é uma ação comemorativa ao Dia do Estudante (celebrado no dia 11 neste mês).
“Dedicamo-nos constantemente para a realização de ações contra qualquer intervenção (interna ou externa) que prejudique nossos alunos na vida acadêmica e pessoal. Como cidadãos e intermediadores da educação nós assumimos a postura de incentivadores de escolhas saudáveis para a vida profissional e pessoal de nossos discentes”, justifica a coordenadora setorial do PIAE, Luciane Hinterholz.
De acordo com o professor, a Universidade tem o importante papel de preparar o aluno para a profissão e para a realidade brasileira: “Com programas inerentes à juventude, mostramos nossa responsabilidade com o futuro da nação e alertamos o jovem de que a realidade é dura”. Na palestra, também destacou a influência da falta de políticas públicas de conscientização: “É difícil ser pai e exercer a paternidade em um país que está em desordem”.
Ao falar sobre o mal do século, o crack, frisou que “o uso de drogas traz momentos bons, mas o preço que se paga é grande. Uma das interferências é na vida profissional, pois acaba com a mão-de-obra especializada”.
O doutor destacou, ainda, que a sociedade norte-americana é social, moral e intelectualmente deficiente, devido ao uso de drogas: “De cada cinco adolescentes que fumaram pela primeira vez, três voltam a experimentar, o que eleva para 80% o número de mortes de usuários, constatam as pesquisas”.
O professor elogiou a legislação pública e a civil, como a Lei Maria da Penha, mas criticou a ausência de políticas públicas, que, segundo ele, cria a exclusão e causa o ilícito penal, o poder judiciário condena e devolve para o Estado/Executivo: “A ressocialização é uma leva de revoltados contra a sociedade e contra o Estado”.
Na palestra, Brandão observou que o prejuízo a nação poderia ser revertido para a educação e incentivou o voto com sabedoria: “A maioria não sabe de quem cobrar, porque não sabe em quem votou na última eleição”. E reafirmou: “A Universidade é uma escola que mostra o universo, o papel do mundo. Vocês que têm cultura podem mudar esta realidade, vislumbrar um futuro melhor, ser exemplo, cidadãos formadores de opinião”.
Para encerrar a palestra, o doutor focou as consequências do uso de drogas no organismo, na pele e na vida: “O usuário de drogas aspiradas sofre de perda da memória, da motivação, irritabilidade, hostilidade, mudança brusca de humor, pânico, paranóia, tendência suicida”.
A acadêmica de Odontologia, Luhana Garcia, estava atenta à palestra: “É interessante perceber que a pessoa entra na Universidade e acha que agora pode beber. O professor focou esta realidade e mostrou o que acontece com um usuário de drogas, deixando claro que para melhorar o país devemos ter gosto pela política, diminuindo a violência que já reflete no exterior”.