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Pré-História: Turma de pós-graduação realiza atividade com argila
Publicado em: 28/12/2016 às 14:00
Alunos da turma de História e Arqueologia estudaram “anatomia” das rochas e a confecção de vasilhame cerâmico
Dinamismo, produção e prática marcaram o ano para a turma da especialização em História, Arqueologia, Educação e Patrimônio Cultural da Universidade Paranaense – Unipar, em Cascavel. Módulo especial versou sobre Patrimônio e Fontes Arqueológicas Brasileiras, ministrado pelo professor, pós-doutor em História, Moacir Elias Santos.
O módulo apresentou um panorama sobre a época da pré-história, incluindo diferentes tecnologias utilizadas pelas populações que ocuparam o território brasileiro. A fim de demonstrar e fixar o conhecimento sobre o material lítico, os alunos visualizaram lascas de diferentes rochas, aprendendo sua “anatomia” e, por meio de um desenho em escala, utilizado na arqueologia, reproduziram as partes da lasca.
Já na parte da cerâmica, o intuito foi aprender sobre matérias-primas (diferentes tipos de argilas), antiplásticos (que servem para reduzir a plasticidade da argila), engobo, decoração, entre outros. “Após visualizarem como era feito um vasilhame cerâmico, os alunos puderam reproduzir os conhecimentos adquiridos a partir da elaboração de uma peça, seguindo a tecnologia utilizada desde a pré-história”, conta.
Já para o material malacológico (conchas), os alunos puderam ter noção básica sobre os moluscos, marinhos e terrestres, e ver como o homem pré-histórico do litoral brasileiro empregava as conchas na produção de artefatos.
Na aula, foram apresentadas diversas peças que estão em museus e, posteriormente, os alunos aprenderam como trabalhar uma concha para produzir um instrumento cortante. Por meio do lascamento das bordas de uma concha, cada um criou sua própria faca.
O professor justifica, ainda, que “o conteúdo aplicado e experimentos realizados poderão ser utilizados pelos docentes em suas aulas, tornando-as mais dinâmicas, pois certamente despertarão a curiosidade dos jovens estudantes sobre o modo de vida das antigas sociedades que habitaram esse território”.
A coordenadora da pós-graduação, professora Gisele Santos, destaca que a aula é um exemplo significativo da proposta do curso: “Pretendemos estimular a formação de profissionais híbridos, isto é, detentores de conhecimento técnico e teórico, capazes de projetar um novo olhar sobre os processos educacionais formais e não-formais. Nosso projeto quer também permitir que esse profissional busque oportunidades além da sala de aula, contribuindo para a qualificação de um profissional capaz de atuar em áreas técnicas, no reconhecimento e no desenvolvimento de práticas de preservação patrimonial e no aprimoramento dos métodos de ensino e pesquisa do conhecimento histórico”.