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Cidadania: Projeto do curso de História discute mobilidade urbana
Publicado em: 26/12/2016 às 15:00
Estudantes foram a campo em busca de respostas e fizeram exposição na Universidade e na praça Wilson Joffre, focando questões de direito e cidadania
A Universidade Paranaense – Unipar promoveu milhares de atendimentos em ações sociais em Cascavel, neste ano. Um dos projetos de destaque foi desenvolvido por estudantes do curso de História, com orientação do professor Augusto Mugnai.
O projeto ‘A cidadania caminha pelas calçadas’ envolveu alunos de outros cursos e se transformou em exposição de banners e caixas de papelão, com temas diversos, na Universidade e na praça Wilson Joffre.
O grupo fez levantamento quanto à preocupação dos órgãos públicos e prioridade destinada a questões de mobilidade urbana, e percepção da comunidade quanto ao assunto.
Foram realizadas entrevistas, conversas, questionários para perceber o comportamento e vivências em relação aos problemas das calçadas, informando a comunidade sobre seus direitos de cidadania.
A equipe também foi a campo para fotografar os principais problemas das calçadas em Cascavel. O projeto despertou grande interesse na população acadêmica e comunidade, ganhando, inclusive, repercussão na Rádio Independência - 1270.0 AM.
O trabalho possibilitou, além de falar dos problemas urbanos, perceber a calçada não só como um espaço físico, mas um espaço de sociabilidade, de cultura e história e, principalmente, marcado pelo direito de cidadania.
Conforme enaltece o docente, as sociedades contemporâneas expressam uma notável diversidade de vivência dos atores sociais, atuando diretamente na construção do conhecimento histórico.
“Alinhado a esta perspectiva, o projeto utiliza ao longo de seu desenvolvimento diferentes temporalidades e sujeitos abordados”, explica.
O professor atenta para o momento presente da sociedade, que expressa uma demanda social marcada pelo aumento e aceleração dos meios de comunicação e avanços tecnológicos, mudanças nas relações sociais e na maneira de se relacionar com o seu passado.
“Diante deste cenário, o historiador tem no seu ofício uma função social e, sem perder o seu posicionamento ético, deve refletir, analisar e pensar o fazer histórico valorizando a História do Tempo Presente, não só a vinculação ao passado”, argumenta Mugnai.
Defende, ainda, que o projeto tem o comprometimento de pensar a calçada não somente um direito de cidadania, mas também uma questão histórica e uma expressão cultural.