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NOTÍCIA

Biotecnologia e agricultura: Unipar comemora primeira defesa de seu doutorado

Publicado em: 22/12/2016 às 15:50

O professor Damião do Nascimento, de Santa Catarina, pesquisou genoma da soja

O professor Damião do Nascimento, agora doutor em Biotecnologia Aplicada à Agricultura pela Unipar: Sonho realizado!
O orientador, Ivan Schuster, com as professoras da banca avaliadora

Reconhecida há anos pela excelência em cursos de graduação, de especialização e de mestrado, a Universidade Paranaense – Unipar também passa a se destacar no doutorado. Há dois anos, oferece em duas áreas: Ciência Animal e Biotecnologia aplicada à Agricultura; ambos são recomendados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) com bom conceito.

Instituição e corpo docente do doutorado em Biotecnologia Aplicada à Agricultura estão comemorando a primeira defesa, com a pesquisa do professor Damião do Nascimento, de Joinvile/SC; ele defendeu sua tese intitulada ‘Associação genômica entre marcadores SNPs e conteúdo de óleo, proteína e peso de grãos em soja’. A banca aconteceu na Unidade da Unipar em Cascavel.

A pesquisa foi orientada pelo professor Ivan Schuster e financiada pela Coodetec (Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola). O professor é formado em Ciências Biológicas e Educação Física e se emociona ao ser reconhecido pelos jovens como “um laboratório de pensamentos e sentimentos”. “Estou realizado”, exclama, agradecendo a todos os que o auxiliaram nesta fase da carreira. “Especialmente os que me ouviram e aceitaram meu modo de pensar e meus familiares”, destaca.

Demonstrando contentamento, Nascimento fala do desafio de ser professor e ser negro e, ainda, da necessidade de melhorar as aulas no dia a dia. “Estamos na vida para aprender e se submeter. Minha motivação foi aprender coisas novas, levar para os alunos o que tem à frente, pois a maioria quer trabalhar, não quer estudar. Ser é algo construído durante a vida e o legado para meus alunos do fundamental e médio é não ter vergonha, é buscar coisas novas”, orgulha-se.

O orientador destaca que o objetivo da pesquisa é mapear regiões do genoma da soja, relacionadas com mais produção de proteína, óleo e peso da semente. Comprova-se que as variações ao longo do DNA resultam em mais ou menos produção de proteína, óleo e peso.

Foram avaliados 3807 marcadores SNPs, que podem ser usados em programas de melhoramento. Também desenvolveram método estatístico que aumenta a precisão da análise. “Esta é uma importante ferramenta para utilizar já no início do desenvolvimento de uma variedade, tendo a vantagem de saber antecipadamente se a planta vai produzir mais ou menos óleo e proteína”, frisa Schuster.

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