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NOTÍCIA

Pesquisa desenvolve extrato de açafrão para tratamento de pacientes neurológicos

Publicado em: 30/11/2016 às 16:00

Estudos envolveram professores e acadêmicos de cursos de graduação e do mestrado em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica; produto será testado no ano que vem

Proposta da pesquisa é avaliar o efeito neuroprotetor e anti-inflamatória do extrato
Equipe de pesquisadores em processo de produção do extrato de açafrão
Equipe de pesquisadores em processo de produção do extrato de açafrão
Equipe de pesquisadores em processo de produção do extrato de açafrão
Equipe de pesquisadores em processo de produção do extrato de açafrão
Equipe de pesquisadores em processo de produção do extrato de açafrão
Equipe de pesquisadores em processo de produção do extrato de açafrão
Equipe de pesquisadores em processo de produção do extrato de açafrão
Professor Euclides Lara Cardozo Junior (à direita) com integrantes da pesquisa
Professora Evelyn Wietzikoski (de preto) com outros pesquisadores do projeto
Equipe de professores e estudantes envolvidos na pesquisa

A doença periodontal é uma patologia que se caracteriza como um conjunto de condições inflamatórias, de caráter crônico e de origem bacteriana, que começa afetando o tecido gengival e, com o tempo, pode levar à perda dos tecidos de suporte dos dentes. De acordo com estatísticas, aproximadamente 35% dos adultos com idade entre 30 e 90 anos possuem alguma forma de doença periodontal. A prevalência aumenta com a idade, afetando cerca de 50% das pessoas com idade acima de 55 anos.

Devido aos prejuízos motores, pessoas que têm o Parkinson (doença degenerativa do sistema nervoso central) apresentam mais dificuldades para realizar os cuidados com a higiene oral diária, o que favorece a este grupo o desenvolvimento da doença periodontal. Com base nestas informações, um grupo de professores estudantes do mestrado em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica da Universidade Paranaense desenvolveu um extrato à base de cúrcuma (planta herbácea rizomatosa), que tem como nome científico Curcuma longa e é conhecida popularmente como açafrão.

“O açafrão contém substâncias com efeitos anti-inflamatórios potentes e é um antioxidante muito eficiente. Nossa proposta é verificar o potencial neuroprotetor e anti-inflamatória do extrato que elaboramos à base da planta em um modelo animal, com o intuito de avaliar a possibilidade de desenvolver um produto que possa ser empregado em pacientes neurológicos”, explica a professora pesquisadora da Unipar e diretora da pasta Pesquisa e Pós-Graduação, Evellyn Wietzikoski. Ela coordena o projeto.

Já aprovados pelo CEPEEA (Comitê de Ética de Pesquisa Envolvendo Animais) da Unipar, os testes com o extrato serão realizados no início do ano que vem. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com o curso de Odontologia, que fará um estudo da influência da doença periodontal sobre a doença de Parkinson e vice-versa”.

“É um projeto altamente inovador, por relacionar o estudo de patologia do sistema periférico com o sistema nervoso central, envolvendo a pesquisa com o açafrão, um fitoterápico com potencial terapêutico”, argumenta o professor Euclides Lara Cardozo Junior, um dos colaboradores da pesquisa.

Pesquisa científica

A pesquisa com o extrato de cúrcuma (açafrão) será o tema da dissertação da mestranda Juliana Marchi, que está terminando o mestrado em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica. “Aplicar os conceitos teóricos na prática, a fim de produzir o extrato, é uma experiência muito produtiva e enriquecedora, com troca de vivências práticas entre os professores, mestrandos e acadêmicos”, conta a mestranda.

Segundo ela, se a ação neuroprotetora do extrato for comprovada nos testes, novos estudos serão realizados, com o intuito de contribuir também na elaboração de fitoterápicos que poderão ser usados na prevenção, tratamento ou redução dos efeitos colaterais da medicação convencional. “É uma forma de interferir diretamente na melhoria da qualidade de vida do indivíduo que apresenta predisposição ou patologia instalada”, observa.

Para as atividades práticas do processamento de fabricação do extrato, a equipe do mestrado contou com a colaboração de graduandos da Unipar. O aluno de Psicologia na Unidade de Umuarama e bolsista do Pebic (Programa Externo de Bolsas de Iniciação Científica), Ailton de Melo foi um deles.

“É enriquecedor trabalhar em rede multidisciplinar com pesquisadores engajados. Além de oportunizar o contato com o processo de produção, o estudo possibilita a troca de conhecimentos e reflexões sobre a importância do extrato enquanto recurso sustentável em saúde”, afirma o estudante. 

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