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Curso de Moda contribui com projeto de Economia Solidária da Cáritas
Publicado em: 17/11/2016 às 16:00
Transformar roupas usadas para venda é um dos focos do movimento; parte prática acontece nos laboratórios da Unipar
O curso de Design de Moda da Universidade Paranaense – Unipar é parceiro no projeto Construindo Sonhos, criado dentro do cenário do movimento Economia Solidária, executado pela Cáritas Arquidiocesana de Cascavel, em conjunto com a Cáritas Brasileira Regional do Paraná.
Nos laboratórios da Unipar, os integrantes se encontram para troca de experiências, saberes e práticas. O intuito é oportunizar uma maneira diferente de produzir, comercializar, consumir e se inserir na roda viva do mundo do trabalho. O grupo envolve mais de cinquenta pessoas, entre elas mulheres desempregadas, que precisam gerar renda, e ainda imigrantes haitianos e refugiados africanos.
Elas se reúnem em prol de algo na comunidade, transformam peças de bazar e vendem em oficinas e também aprendem a customizar. A proposta inclui identificar e refletir sobre o potencial e demanda da comunidade, fortalecer o trabalho em conjunto, avaliar como enxergam o capitalismo e mostrar outras possibilidades.
A coordenadora pedagógica da Cáritas, Rosangela Ferreira, pontua que “a iniciativa é de alta importância para quem tem pouco e pode fazer o razoável. É uma forma de transformar peças e gerar economia para as pessoas carentes, além de multiplicar ideias. Esse movimento social vai falar de outra economia, trabalhar outros grupos, associações e cooperativas que também são sistemas de trabalho”.
A egressa do curso de Moda, Lourdes Rodrigues, é suplente da cooperativa das costureiras e também foi convidada para participar dos encontros: “É um projeto muito importante também por evidenciar a sustentabilidade e o reaproveitamento dos materiais”.
Dona Terezinha de Paula Santos organiza o grupo de mulheres no bairro Santa Cruz, tendo como fonte de renda a confecção de bijuteria e artesanato. Como representante da comunidade, elogia a oportunidade de as mulheres aprenderem algo. “A ideia é reaproveitar o que seria descartável, transformar peças usadas e colaborar com a natureza”, concorda.