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A preocupação com a saúde mental tem se tornado cada vez mais presente no cotidiano da sociedade moderna. A vida agitada em cidades grandes ou pequenas, a dificuldade em lidar com os conflitos emocionais e o surgimento de doenças, hoje em dia tão comuns, como depressão e transtornos de ansiedade, tudo isso tem convencido muita gente a buscar ajuda.

Em função da crescente demanda por psicólogos, cresce também a procura pelo curso de graduação em Psicologia, em Francisco Beltrão oferecido na Universidade Paranaense – Unipar.

A 2ª Jornada acadêmica do curso, realizada com muito sucesso entre 4 e 7 de outubro, é uma das ações que motiva o debate acerca da importância do profissional da Psicologia, presente em consultórios, clínicas, hospitais e órgãos públicos ou mesmo em ambientes que só agora têm percebido a carência, como empresas e escolas.

“Este debate na universidade surge naturalmente, principalmente porque é onde se encontram profissionais, acadêmicos e professores em busca de qualificação”, afirma a coordenadora do curso de Psicologia da Unipar, Unidade de Francisco Beltrão, professora Taise Signorini.

Ela diz que a Jornada também é a responsável por “problematizar esses temas tão importantes para a formação acadêmica em Psicologia”. A psicóloga entende que o objetivo da programação, além de divulgar o curso em Beltrão, é servir de instrumento de reflexão sobre o lugar do profissional no mercado de trabalho local.

“Foi um evento muito acolhedor e instigante! Percebemos que alguns contextos sociais ainda precisam ser mais discutidos e problematizados, mas, sem dúvida, os nossos objetivos foram alcançados com méritos”, pontua.

Sobre os temas abordados, ela diz ainda que o colegiado do curso procurou montar uma programação diversificada e bem atualizada: “Assim, demos a oportunidade aos nossos acadêmicos de visualizar várias facetas de uma mesma Psicologia”.

A acadêmica Gabriela Schoeder Innocêncio também elogia a Jornada: “é um evento riquíssimo para ampliar a nossa visão para além dos professores e psicólogos da Instituição”. Ela entende que, fora da sala de aula, o “contato é um pouquinho mais palpável sobre o profissional psicólogo e sobre as ciências psicológicas”.

Sua colega, Fabiane Caroline Scheidt, também considera a experiência enriquecedora: “Foi algo muito gratificante, com profissionais dispostos e com muito conhecimento que transmitiram sua mensagem com muita excelência; sem dúvida, foram momentos que levarei para a vida toda”.

Já a Amandha Julielly dos Santos reforça a necessidade de se debater temas diversificados, como o da palestra sobre imigração. “Muitas vezes nós tapamos os olhos para esses assuntos”, lamenta.

Assuntos atuais, como o feminismo e os processos imigratórios, ganharam destaque ao longo da semana acadêmica.

Temas e convidados

No encerramento da 2ª Jornada de Psicologia, os participantes acompanharam a mesa-redonda ‘Aspectos Psicossociais da Imigração Contemporânea no Brasil’. A coordenadora Taise mediou uma conversa entre a professora Ana Paula Risson, de Chapecó/SC, e o senhor Winzord Louisia, que é imigrante haitiano e mora no Brasil há três anos.

Muito bem-humorado, o Winzord compartilhou sua experiência de vida desde a partida do Haiti e até a chegada em Beltrão, onde cursa o ensino superior, trabalha na BRF, constituiu família e em breve deverá se tornar pai.

A Jornada de Psicologia também recebeu psicólogos renomados que abordaram temas de destaque, como sistema prisional, feminismo, psicologia hospitalar, jurídica e escolar, além de psicopatologias.

Para a programação, o curso convidou a professora Danielle Jardim Barreto, coordenadora do curso de Psicologia da Unipar em Umuarama; os psicólogos Sabrina Machado e Nestor Santos de Lucas, de Francisco Beltrão; a professora Maria Ester Rodrigues, do Mestrado em Educação, da Unioeste; e a professora Giliane Aparecida Schimtz, da UTFPR de Pato Branco.