Em palestra, Semana Acadêmica aborda tendências do mercado de trabalho
Publicado em: 04/11/2016 às 16:30
Palestrante alertou para a preferência por profissionais empreendedores; evento é realizado pelos cursos de Administração e Ciências Contábeis
O mercado de trabalho exige hoje profissionais de múltiplas habilidades, capazes de fazer muitas coisas de qualidade. A afirmação é do professor Nailor Marques Júnior, que tem no currículo mais de duas mil palestras realizadas em diferentes partes do país e cerca de 30 livros publicados.
Ele foi um dos convidados da Semana Acadêmica dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Toledo, e do projeto Educação Empreendedora, para falar sobre o tema “Atitudes Empreendedoras”. Ele palestrou na segunda, 31, no auditório da Unipar.
O diretor da Unidade de Toledo, professor Roberto Niero, e os professores Tiago Fischer, coordenador do curso de Administração, e Tiago Pigozzo, coordenador do curso de Engenharia Civil, assistiram à palestra.
A programação da Jornada, composta por palestras, minicursos e apresentação de trabalhos acadêmicos, começou no dia 27 de outubro e prossegue até este sábado, 5.
Segundo o palestrante, nos últimos cinco anos o Brasil perdeu 12 milhões de postos de trabalho, que irão voltar, no futuro, porém de outra forma. “Aquele emprego que você tinha não volta mais; as empresas aprendem rapidamente a colocar máquinas para fazer serviços repetitivos... A pessoa tem que ser criativa para continuar no mercado e conseguir um novo e bom posto”, alertou ele.
“As empresas querem que você produza e se você for feliz, melhor para você; se você quer ser feliz, mas não produzir, terá que ser fora da empresa”, acrescentou ele, lembrando os acadêmicos e profissionais que o ouviam da importância da atualização permanente.
“O mercado quer pessoas com habilidades múltiplas, pessoas que saibam se virar... Esta é a verdade. Se você sabe futebol, mas o jogo é basquete, aprenda a jogar basquete, ou você vai ficar fora do jogo”, sentenciou.
O professor avalia que o momento atual é um pouco complicado para os jovens, que vivem a falsa ideia de felicidade instantânea, vendida pelos meios de comunicação e redes sociais a partir da década de 90, e que prometem fórmulas prontas para fazer determinadas coisas.
”Não existe fórmula pronta para nada. A fórmula é viver e você não vai ser feliz enquanto não o fizer. A vida não lhe deve nada. Vá em busca daquilo que você quer. As pessoas acham que o mundo é uma entidade física, responsável por dar bem estar, felicidade. Se você quer ser feliz, trabalhe por isso. Não tem pai, mãe, ninguém que vai fazer isso por você. Faça você”, ensinou ele. “Você vai colher o que plantar e se colher algo que não plantou está roubando de quem o fez”, emendou.
Para o professor, que trabalha para grandes corporações, a crise brasileira mais difícil já passou: “Digo isso embasado em números atuais, na volta do crescimento das bolsas, queda do dólar, aporte de novos investimentos japoneses e chineses no Brasil, indicando um aumento do grau de confiança no país”.
Ele acredita que batemos o fundo do poço e agora estamos voltando a subir, mas o crescimento do País ainda deverá demorar mais um pouco. “Voltar aos patamares antigos é uma coisa, crescer realmente vai demorar um pouco mais. Acredito que a partir de 2020 voltaremos a trabalhar para crescer”, avalia ele.