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Concurso de Pontes de Palitos de Picolé testa criatividade dos estudantes
Publicado em: 06/10/2016 às 14:00
Evento envolveu os cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil; na categoria livre, a ponte da equipe vencedora suportou 58 quilos
Mais um evento realizado na Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel, integrou os cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil. As turmas participaram do Concurso de Pontes de Palitos de Picolé, que reuniu também alunos convidados do curso técnico em Edificações do CEEP - Pedro Boaretto Neto.
A atividade é desafiadora e contribui para a formação de alto nível, já que possibilita ao aluno aplicar conteúdos fundamentais à carreira, como desenvolvimento da capacidade projetual e de execução, teste de resistência dos materiais, otimização dos materiais, análise de estrutura, entre outras funções.
Segundo o organizador, professor Pablo Lazarini, a proposta deste ano, além da integração entre os cursos de Arquitetura e Engenharia, também possibilitou compartilhar experiências com os alunos do CEEP. O docente explica que, visando não alterar os conteúdos programáticos das disciplinas de Sistemas Estruturais (Arquitetura) e Mecânica dos Sólidos I (Engenharia), buscou-se criar duas competições, intituladas obrigatória, para os alunos das referidas disciplinas, e livre, para todos os demais alunos.
Na ponte obrigatória, o regulamento é bem taxativo e restritivo, a intenção neste modelo é otimizar os palitos. A ponte não poderia ter massa maior do que 150g e deveria suportar no mínimo 35 vezes o peso próprio. Lazarini ressalta que a restrição objetiva faz os alunos pensarem bem onde alocar os palitos, afinal, não são muitos que eles podem utilizar. Na ponte livre, a ressalva foi o uso de barbantes de algodão, estes deveriam ser obrigatório. Neste caso, diz que a ideia foi simular pontes estaiadas ou modelos atirantados, muito comuns em inúmeras pontes nacionais e mundiais.
“A intenção didática do concurso é reproduzir em menor escala modelos estruturais corriqueiros em diversas estruturas de cobertura de edificações, fazendo com que os acadêmicos tenham senso crítico teórico de como calcular uma estrutura como esta, e prático, contrastando os modelos conceituais com os modelos físicos, não apenas aferindo se os cálculos estão corretos, mas observando como é importante ter um certo ‘capricho’ na hora de executar uma estrutura”, pontua o professor, afirmando que “os detalhes negligenciados provaram ser o ponto fraco da estrutura”.
Então, vamos as premiações. Na categoria livre, a ponte da equipe vencedora, ‘Arquivo DWG’, suportou 58 quilos, sendo o primeiro lugar dos acadêmicos Augusto Rossi, Ana Flávia Celestino, Silvio Pryjmak, Rafaela Iijima (Arquitetura), Maiko Higuti e Adeline Molin (Engenharia). Em segundo lugar ficou a equipe ‘Takamassanomuro’, e em terceiro, a ‘Tablito’.
Para o grupo vencedor, a interação foi o mais importante: “Aprendemos juntos, trocamos conhecimentos sobre as áreas da Arquitetura e da Engenharia e exercitamos o processo criativo na confecção da ponte, e funcionou”, conta o estudante Augusto Rossi.
Já na categoria obrigatório, o peso máximo foi de 20 KG. Venceu a equipe ‘Tacoma Narrows’, composta pelos estudantes Marina Pereira, Paulo Fernandes de Souza Júnior, Lucas Paludo (Arquitetura), Luan Menegatti, Luciano Cozer e Estevan Castro (Engenharia). Também foram parabenizados o segundo lugar, equipe ‘Os Paliteiros’, e, na terceira posição, ‘Enverga, mas não quebra’.
“Aqui foi uma oportunidade de saber como será a vida profissional, principalmente o relacionamento entre as áreas e postura de trabalho adotada, criando já na Universidade uma rede de contatos”, afirmam os integrantes da equipe ‘Tacoma Narrows’.
O concurso foi um sucesso, contando com a parceria de todos os professores dos cursos na fiscalização das provas e também com o apoio das academias D’ House, Brasil Fitness, Prime e Vidativa, que cederam as anilhas.