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Cianorte: professora publica matéria sobre ipês
Publicado em: 20/07/2010 às 17:20
Simone de Jesus Dematei Gregio, docente do curso de Ciências Biológicas, a convite do jornal Cianotícias, desenvolveu pesquisa e matéria sobre a árvore que se destaca pelo vigor e beleza de suas flores
O curso de Ciências Biológicas da Universidade Paranaense – UNIPAR, Campus Cianorte, tem recebido destaque por suas pesquisas realizadas e pelo bom trabalho desenvolvido por seus professores.
Recentemente, a professora Simone de Jesus Dematei Gregio, docente do curso, recebeu convite do jornal Cianotícias para pesquisar e realizar matéria sobre os ipês da cidade. O objetivo foi informar a população sobre esta espécie que floresce nesta época do ano.
Na matéria, a professora apresentou as características da espécie e seus benefícios. “Os ipês são consideradas boas árvores ornamentais para a arborização urbana, pois não têm raízes agressivas” ressaltou. “Sua floração, além de bela, atrai polinizadores, como beija-flores e abelhas (...) A madeira é usada na construção civil e em marcenaria e carpintaria“, discorreu.
Ela também aproveitou para alertar a população quanto ao risco de extinção da espécie: “Mesmo com a perseguição voraz dos madeireiros, o ipê tem sobrevivido à extinção graças a seu cultivo intenso para fins ornamentais... A existência do ipê em habitat natural nos dias atuais, contudo, é rara, mas felizmente sua sobrevivência está garantida porque a cada dia é mais cultivado”. ATENÇÃO
Leia a seguir a íntegra do artigo
Por Simone de Jesus Dematei Gregio Professora de Ciências Biológicas
O ipê-roxo é o primeiro dos Ipês a florir no ano, inicia a floração em junho e pode durar até agosto, é uma das plantas mais usadas na arborização das avenidas das cidades, estando presente em diversos bairros nas cores amarela, roxa, rosa e branca. Os ipês são consideradas boas árvores ornamentais para a arborização urbana, pois não têm raízes agressivas. Um de seus inconvenientes é durante a queda das folhas, pois provocam muita sujeira nas vias públicas. Sua floração, além de bela, atrai polinizadores, como beija-flores e abelhas. De grande porte, a árvore pode chegar a 12 metros de altura. Ocorre naturalmente nafloresta estacional semidecional, Floresta de Araucária e no cerrado brasileiros, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Serras do Espírito Santo. A madeira é usada na construção civil, na forma de tacos e assoalhos, e em marcenaria e carpintaria comenta a Bióloga e Coordenadora dos Cursos de Ciências Biológicas e Gestão Ambiental Simone de Jesus Dematei Gregio (Universidade Paranaense – Campus Cianorte).
Um pouco mais sobre a espécie
Os ipês pertencem ao gêneroTabebuia (Bignoniaceae) que compreende cerca de cem espécies, muitas sendo nativas do Brasil. Seu nome científico quanto popular, vem do tupi-guarani, sendo que ipê significa “àrvore de casca grossa”e tabebuia é “pau”ou “madeira que flutua”(Lorenzi, 2002).
Apesar da etimologia do nome do gênero a que pertencem, os ipês, ou paus-d’arco, possuem madeira muito pesada (densidade entre 0,90 e 1,15 grama por centímetro cúbico), com cheiro característico devido à presença da substância lapachol, ou ipeína. Têm nomes populares variáveis para cada região e para algumas espécies: "ipê" é o nome empregado nas regiões Sul e Sudeste e "pau-d’arco" na Leste, na Norte e na Nordeste. No Pantanal Mato-Grossense é conhecido por "peúva" e em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás por "ipeúna". Uma das espécies do cerrado, da caatinga e do Pantanal Mato-Grossense, a Tabebuia aurea é popularmente chamada de "caraibeira" no Nordeste e de "paratudo" no Pantanal.
Mesmo com a perseguição voraz dos madeireiros, o ipê tem sobrevivido à extinção graças a seu cultivo intenso para fins ornamentais. A existência do ipê em habitat natural nos dias atuais, contudo, é rara entre a maioria das espécies, mas felizmente sua sobrevivência está garantida porque a cada dia é mais cultivado.