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Manter a atenção e a participação dos alunos durante a aula é um dos maiores desafios na atualidade, pois em determinados momentos até os alunos mais participativos e estudiosos podem se sentir desmotivados, depois de determinadas horas de estudos.

Pensando em evitar essa situação e preocupados com a aprendizagem, especificamente dos alunos que estudam à noite, os professores Luiz Roberto Prandi, Michel Elias de Azevedo Oliveira e Maurício Vissoto Neto da Universidade Paranaense buscaram, de maneira criativa e dinâmica, uma proposta diferente: organizaram e realizaram uma aula interativa e extraclasse.

O evento aconteceu no palco do Teatro Unipar e reuniu acadêmicos dos cursos de Direito e Ciências Contábeis da Universidade Paranaense, Unidade de Umuarama; a proposta foi um debate sobre o Poder Judiciário x Tribunal Arbitral. Antes do início das argumentações, professores fizeram uma explanação bastante didática sobre os temas em foco.

Segundo Prandi, que conduziu a atividade, toda estratégia que possa tirar os alunos de meros ouvintes inativos para participantes reflexivos e colaborativos favorece todo o processo de aprendizado. “É uma fórmula que deixa evidenciado que o professor pode empregar outros procedimentos para que os alunos se sintam motivados, possibilitando que muitos resultados positivos sejam alcançados e barreiras sejam efetivamente rompidas”, argumenta.

Para o professor Michel Elias, que palestrou pelo curso de Ciências Contábeis, a temática proposta aconteceu em um momento importante, pois a sociedade clama por procedimentos eficientes para a resolução de conflito.

“Embora tardia, a lei de arbitragem ganha forma em 2015, tal qual ocorre em países desenvolvidos, capaz de garantir satisfação aos conflitantes; desta forma, um dos objetivos do evento foi despertar a curiosidade do novo, demonstrando aos alunos e futuros destinatários e aplicadores da arbitragem que vale a pena apostar nos métodos extrajudiciais de resolução de conflito”, explica. 

O professor Maurício, que falou pelo curso de Direito, diz que a importância da temática proposta pelo debate assume importância crucial e extremamente relevante no atual contexto social, acadêmico e jurídico do nosso país.

“Procuramos informar e conscientizar os acadêmicos sobre isso, tendo em vista que a comunidade jurídica, diante de uma conjuntura cuja tônica é a cultura do litígio, clama por novos métodos de soluções de conflitos eficazes e adequadas à dinâmica deste contexto, assegurando-se, sobretudo, as premissas da legalidade e da segurança jurídica quando da solução de conflitos", argumenta.

A acadêmica do curso de Direito, Rubia Coradi da Silva, considera que atividades desta natureza são fundamentais, pois desperta o interesse pelo aprendizado e a maior vantagem é a troca de conhecimentos entre os participantes. “Torna-se uma oportunidade de absorver muito conhecimento em poucas horas”, enfatiza.

O debate começou bem. Os alunos levantaram questões relevantes para instigar a discussão. O mediador convidado foi o advogado Ivo Galdino da Silva, egresso do curso de Direito e advogada da prefeitura de Umuarama.

Segundo os organizadores, o evento atingiu as expectativas: foi harmônico, porém acirrado. Satisfeitos, agradecem a participação efetiva dos alunos e o constante apoio dos coordenadores dos cursos professor Valdecir Pagani (Direito) e professor Clóvis Uliana (Ciências Contábeis), pois nunca mediram esforços para garantir o padrão de qualidade do ensino ofertado.