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A Universidade Paranaense – Unipar participou ativamente da 3ª Sema­na Nacional de Educação Financeira (encerrada em 22/05), organizada pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) com o objetivo de conscientizar o cidadão a fazer bom uso do dinheiro, contri­buindo para o fortalecimento da ci­dadania e para a maior eficiência do Sistema Financeiro Nacional.

Em Francisco Beltrão, o Centro In­tegrado de Apoio a Projetos Empre­sariais (Ciape), órgão vinculado aos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Sistemas de Informação da Uni­par desenvolve, desde o ano passado, um projeto de educação financeira e empreendedora que visa criar uma cultura de poupança entre crianças e adolescentes.

Em 2015, o projeto foi desenvolvido com alunos de 4º e 5º anos da Escola Municipal Germano Meyer, durante seis meses. Nesta se­mana, o Projeto de Educação Finan­ceira, Econômica e Empreendedora foi retomado no Colégio Estadual Suplicy.

No Brasil foi criada em 2010 uma Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef) como política de Estado, de caráter permanente, para contribuir para o fortalecimento da cidadania ao fornecer e apoiar ações que ajudem a população a tomar de­cisões financeiras mais autônomas e conscientes.

Segundo o professor Robson Faria, especialista em finanças, a educação financeira pode auxiliar as famílias na administração do dinheiro, impedin­do o consumo errado e possibilitando novas formas de investimentos, além de proteger o cidadão contra fraudes e cobranças ilegais, optar por melho­res alocações de capital e apoiar o desenvolvimento de uma região com transações mais consistentes.

“A ideia é propagar o conhecimento na área de educação financeira, econômica e empreende­dora, visando ajudar no equilíbrio financeiro da população e despertar as ações empreendedoras dos jovens”, emenda.

No Colégio Suplicy, participam cinco turmas do 2º ano do Ensino Médio, envolvendo cerca de 170 alunos. A primeira aula ocorreu segunda-feira, 23. O cronograma de atividades segue até novembro.

A estudante Fabiana Klump, 15 anos, gostou do projeto, porque na grade curricular do Ensino Médio não há disciplinas de educação financeira.

“Eu não trabalho, isso faz com que eu não tenha um valor exato todo mês, mas sempre que meus pais me dão dinheiro, eu guardo uma parte e, como foi dito na aula, tento gastar só com o necessário, vejo por mim que sou assim pelos meus pais também serem.” A adolescente acredita que o projeto será benéfico para jovens reforçarem a consciência sobre como gastar com discernimento. “A ideia de dar essas aulas no colégio foi ótima, pelo fato de nós, como alunos, não termos acesso a aulas assim como tivemos hoje”, opina.

O projeto também tem o envolvi­mento de universitários e alunos da pós-graduação – do MBA Finanças e Controladoria. Sabrina Goes diz que a pesquisa feita para repassar informações nas es­colas é uma forma de se aprofundar em novos conhecimentos. “Assim que comecei a buscar sobre o tema escolhido, pude perceber que eu iria aprender tanto quanto os próprios alunos. Ressalto que se eu tivesse a oportunidade que eles estão tendo hoje, de poder desde cedo conhecer sobre finanças e economia, muitas coisas diferentes teriam sido feitas de minha parte.”

Ela frisa que assuntos financeiros estão presentes no dia a dia de todos e muitas vezes passam despercebidos, “mas na medida que se busca apren­der mais sobre eles, todo conheci­mento absorvido é de grande valor”. E aconselha: “Saber utilizar melhor os recursos que são disponibilizados desde já, começar a pensar que o futuro não é daqui a dez anos, mas amanhã; e quanto mais cedo começar a planejar, melhor retorno terá”.

Participam do projeto, junto com professores, os alunos da Unipar: Camila Facciocchi, Daiane Fappi e Graziela Fornari, acadêmicas de Ci­ências Contábeis; Delcio Martini e Eduardo José Canzi, acadêmicos de Administração; e Fábio Ricardo Cór­dova e Neusa Antunes, do MBA em Finanças e Controladoria.