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NOTÍCIA

Pesquisa de mestrado comprova potencial larvicida de produto extraído da salsinha

Publicado em: 02/03/2016 às 16:40

A autora Janaína Camiloti apresentou os resultados em sua dissertação; produção em larga escala de mudas de açafrão-da-terra e utilização de enzimas produzidas por fungos para eliminação de corantes de efluentes têxteis também foram dissertados

Janaína Camiloti durante defesa da tese que pesquisou o poder das propriedades da salsinha no combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti
Dissertação da química Magali Ferreira Tavares foca enzimas produzidas por fungos
Dissertação da química Magali Ferreira Tavares foca enzimas produzidas por fungos
Dissertação da química Magali Ferreira Tavares foca enzimas produzidas por fungos
Banca avalia tese defendida pela química Magali Ferreira Tavares
Muda de açafrão-da-terra: Planta medicinal e ornamental com grande importância econômica
Mestranda Meire Pereira de Souza Ferrari durante pesquisa sobre produção em larga escala de mudas de açafrão-da-terra

Inaugurado em 2006, o programa de mestrado em Biotecnologia Aplicada à Agricultura da Universidade Paranaense – Unipar se consolidou entre os mais importantes do Paraná, tendo já formado mais de 70 mestres, que colaboraram expressivamente para a produção de conhecimento na área.

Diversos são os temas pesquisados pelos mestrandos. Nas últimas defesas de dissertações, um tema chamou a atenção. Foi o da acadêmica Janaína Camiloti, que constatou o poder das propriedades da salsinha no combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. “Durante as pesquisas avaliamos o potencial larvicida do óleo essencial encontrado na salsinha e do composto isolado deste óleo, o apiol. Após alguns testes realizados em larvas do mosquito, foi verificado que o apiol apresentou efeito larvicida, ou seja, que mata a larva do mosquito”, afirma a agora mestre.

A professora doutora Zilda Gazin foi a orientadora do estudo e ressalta a importância da descoberta. “Vários produtos químicos não têm sido mais eficientes no controle do mosquito, além de causarem poluição ao ambiente pelos resíduos deixados. Já o óleo essencial é um produto natural, o qual pode ser mais facilmente degradado pelo ambiente sem deixar resíduos poluentes. Sendo assim, estes resultados são promissores e abrem novas perspectivas na utilização de substâncias alternativas de combate ao Aedes aegypti, com ação menos agressiva ao homem e ao meio ambiente”.

Outro tema abordou as perspectivas para produção, em larga escala e em curto espaço de tempo, de mudas de açafrão-da-terra, planta medicinal e ornamental com grande importância econômica. O estudo foi tema da dissertação da bióloga Meire Pereira de Souza Ferrari.

Segundo ela, o trabalho é realizado por meio da técnica de micropropagação. “Nesta técnica, uma pequena porção de tecido da planta é usada para produzir milhares de mudas com as mesmas características genéticas. Usada há décadas para produção de plantas ornamentais, essa técnica requer aperfeiçoamento constante e seu uso permite a produção de cópias perfeitas de plantas, em grandes quantidades, livres de doenças e com baixo custo”, explica.

Também foi destaque a pesquisa sobre enzimas produzidas por fungos, que podem ser utilizadas para eliminar corantes de efluentes têxteis. De acordo com a dissertação da química Magali Ferreira Tavares, os resultados do estudo mostraram que fungos coletados em Umuarama produzem um conjunto de enzimas capazes de degradar corantes com estruturas complexas.

“Enzimas são proteínas produzidas pelos organismos vivos que desempenham a função de catalisadores, ou seja, têm a propriedade de acelerar reações químicas”, explica Magali. Segundo ela, os fungos são cultivados em bagaço de cana-de-açúcar e convertem materiais orgânicos contidos no bagaço, que são transformados em enzimas e biomassa.

“A biomassa dos fungos pode ser utilizada com várias finalidades, como aditivo de ração animal, na remoção de metais pesados do ambiente e na produção de alimentos funcionais. Já as enzimas apresentam ampla aplicação, especialmente na descontaminação de efluentes da indústria têxtil e de lavanderias de jeans, muito comuns na nossa região”.

Inscrições abertas

Em 2014, devido ao excelente trabalho desenvolvido no mestrado, a Unipar passou a oferecer também o doutorado em Biotecnologia Aplicada à Agricultura. Recomendados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), os dois programas, ofertados na modalidade stricto sensu, têm como objetivo formar docentes, pesquisadores e profissionais capacitados para atuar na cadeia produtiva agrícola, desenvolvendo estudos que colaborem na qualidade de vida das pessoas.

É indicado para profissionais que buscam alavancar a carreira. As inscrições estão abertas. Neste ano, a Instituição está ofertando 26 vagas – 16 no mestrado e 10 no doutorado. O programa oferece três linhas de pesquisa: Biotecnologia aplicada à microbiologia agrícola, Biotecnologia aplicada ao melhoramento vegetal e Desenvolvimento de produtos e processos e caracterização e preservação de material biológico na biotecnologia agrária.

Mais informações no site da Unipar, no link da pós-graduação, onde é possível fazer a inscrição, ou pelo telefone (44) 3621-2885.

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