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O curso de Ciências Contábeis da Universida¬de Paranaense (Unipar), Unidade de Francisco Bel¬trão, promoveu no final do mês de outubro a 8ª Jornada Acadêmica, com uma programação compos¬ta por palestras técnicas, gincanas, peças teatrais e jantar de confraternização.

O professor Idair Edson Marcello, coordenador do curso, disse que a 2ª Gin¬cana de Contábeis ajudou a congregar os alunos, com jogos interclasses – futsal para meninos e vôlei para meninas – e uma prova de solidariedade, que neste ano foi doação de sangue ao hemocentro.

No teatro, os alunos se dividiram em equipes e tiveram que apre¬sentar uma peça baseada no programa televisivo Esco¬linha do Professor Raimun¬do. O professor falou que o objetivo foi esti¬mular o trabalho em equipe e desinibir os alunos para apresentações em público.

Os universitários também assistiram a palestras com Marcos Custódio, que fa¬lou sobre “Contabilidade: uma carreira apaixonante”; Nicolas Duarte, “Regimes Tributários”; e Roberto Dias Duarte, que abordou “Contador 2.0 – Inovando o empreendedorismo con¬tábil”.

Duarte apresentou da¬dos importantes sobre o comportamento gerencial do empreendedor contábil brasileiro. Um questionário aplicado no final de 2014 contou com 388 respostas, ajudando a traçar um perfil da categoria no país.

Ele lembrou que o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), até o final de 2013, levantou a existência no Brasil de 33.970 socieda¬des empresárias registradas como organizações contá¬beis. Atuavam na área ain¬da 6.926 empresários indi¬viduais e 41.747 escritórios individuais.

“Quase 70% declararam que um de seus principais dife¬renciais é o cumprimento rigoroso das obrigações acessórias, ao passo que 63% consideram o cál¬culo correto dos tributos um fator de diferenciação relevante. Entretanto, ape¬nas 56% acreditam que a excelência no atendimento represente um importante aspecto de diferenciação. Além disso, serviços per¬sonalizados e variados e atuação especializada no mercado de clientes foram apontados como diferen¬ciais por, respectivamente, 33%, 26% e 17% das orga¬nizações contábeis”, pontuou em sua palestra.

Por outro lado, 75% ve¬em no relacionamento com seus clientes um grande diferencial. “Assim, ainda prevalece a crença de que a eficácia operacional e o relacionamento seja sufi¬cientes para mostrar valor ao cliente. Fatores funda¬mentais de percepção de valor como atendimento, personalização, variedade de serviços e especializa¬ção são considerados se¬cundários por grande parte dos empreendedores contá¬beis”, atentou.

Duarte também lembrou que a pesquisa cons¬tatou que menos de 40% das organizações contábeis têm algum tipo de ação de marketing. E as que têm investem primeiramente em envio de informativos por e-mail (38%), publicações no Facebook (33%) e pro¬dução de material impresso sobre os serviços (28%). Um dado importante é que 70% das organizações con¬tábeis tiveram aumento em sua base de clientes e 76% reconheceram expansão das receitas nos últimos três anos.

O palestrante concluiu que são poucas as organi¬zações contábeis que apre¬sentam amadurecimento gerencial e dão atenção às questões estratégicas de seus negócios e 55% estão preocupadas com o aumen¬to dos custos ou o baixo crescimento das receitas.