Umuarama: Coordenador do Sajug vai ao Congresso Brasileiro de Bioética
Publicado em: 11/11/2015 às 11:00
Em Curitiba, Luís Irajá Nogueira apresentou o estudo ‘Bioética, Justiça e Globalização: O Excluído Descartado como Resíduo, Sobras’
Realizado em Curitiba, o 11º Congresso Brasileiro de Bioética reuniu pesquisadores de todo o Brasil e também de outros países. Um deles foi o professor Luís Irajá Nogueira, coordenador do Sajug (Serviço de Assistência Judiciária Gratuita) e docente do curso de Direito da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Umuarama.
Pautado no tema Bioética e Desigualdades, o evento foi organizado pela SBB (Sociedade Brasileira de Bioética), da qual o professor é membro, em parceria com a Unesco-Redebioética. Além de fóruns de discussões, mesas-redondas e palestras voltadas para a importância da Bioética na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária, mais de 400 trabalhos científicos foram apresentados.
“Neste ano, o objetivo do Congresso foi provocar nos participantes reflexões acerca da importância da bioética frente às desigualdades sociais, pois o ideal é que todos sejam tratados com igual dignidade. Caso contrário, impera o preconceito, o estigma e a discriminação”, argumenta Irajá, ressaltando que após longos debates durante o evento foi concluído que “a humanidade está em retrocesso quando se trata do cuidado com o outro. Sendo assim, tem silêncio, onde nós, os bioeticistas, precisamos colocar palavras. A bioética precisa sair da agenda de utopia e passar para uma bioética militante, com ações”, defende.
Um dos trabalhos apresentados foi o do professor da Unipar, intitulado: Bioética, Justiça e Globalização: O Excluído Descartado como Resíduo, Sobras. “Com este estudo busquei demonstrar que, atualmente, a política de globalização exclui e trata o indivíduo como algo “descartável”, apesar da legislação protetiva existente”, explica o pesquisador.
Outros temas que entraram em discussão foram ‘Diminuição das desigualdades no nascer, viver e morrer’, Desigualdade e questões éticas do início da vida’, ‘Desigualdade e questões éticas de fim de vida’, ‘Mistanásia e bioética: vulnerabilidade humana frente às desigualdades sociais’, ‘Desigualdade de gênero’, ‘Desigualdade racial’ ‘Desigualdade indígena’, entre outros.
Além do professor, a pesquisadora da Unipar, Tereza Rodrigues Vieira, e alunos e docentes do curso de Direito também marcaram presença no evento. Para participar do Congresso, o docente recebeu ajuda de custo do PICD (Programa Institucional de Capacitação Docente) da Unipar.