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Cianorte: Aula de Estética e Cosmética aborda o preconceito e discriminação racial
Publicado em: 22/10/2015 às 11:20
Temas foram pesquisados pelas alunas, que convidaram pessoas da comunidade para um debate
Preconceito e discriminação racial são questões que vem sendo discutidas com mais amplitude pela nossa sociedade. Na disciplina de Noções de Ciências Sociais, do curso de Estética e Cosmética da Universidade Paranaense, Unidade de Cianorte, as alunas do segundo ano fizeram uma pesquisa sobre os dois assuntos.
Supervisionadas pela professora Aparecida Oneide de Almeida, elas convidaram pessoas da comunidade para falar em sala de aula sobre o preconceito e discriminação vividos por elas em suas práticas cotidianas e conhecer o resultado da pesquisa. “É um trabalho que busca conscientizar e contribuir com a eliminação da autoestima rebaixada pelo sentimento de inferioridade que ainda aflige muitos negros e a autoestima inflacionada pelo sentimento de uma suposta superioridade habitualmente incorporada por muitos brancos”, defende a professora.
Segundo a docente, o feedback obtido pelas acadêmicas foi excelente. “Por meio dos depoimentos dos convidados e de referências bibliográficas, as alunas perceberam que as distorções na formação da consciência social brasileira, derivadas de preconceitos e estereótipos raciais, passados para as crianças desde o nascimento, evidentes em famílias de todas as cores, que estão despreocupadas, desinteressadas e indiferentes à questão raciais, são terríveis”, ressalta.
E enfatiza. “Tudo isso é pernicioso à inocência ou conveniência do ‘branco’, que se coloca ‘de fora’, fingindo não perceber ou não querendo admitir ou buscar conhecer as nossas verdadeiras origens, ou seja, as matrizes iniciais responsáveis pela formação do povo brasileiro”.
Ao final da apresentação da pesquisa, a turma concluiu que no cumprimento e implementação das leis que punem o preconceito e a discriminação racial o Estado tem grande responsabilidade e que, profissionais e futuros profissionais, também devem fazer sua parte.
“São temas de extrema relevância, que devem ser debatidos, estudados e encarados como pertinente por todos que compõem a sociedade brasileira. Pois, promover a igualdade deve ser considerado um compromisso pessoal com a ética e a justiça social, o que torna as pessoas melhores, colaborando para que nosso ambiente de trabalho, nossa sala de aula, nossa família, nossa rua, nosso bairro e nosso país sejam cada vez melhores.
Um grupo de capoeira também foi convidado para se apresentar no encontro e mostrar a diversidade cultural do nosso país.