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Com convidados da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade do Oeste (Unioeste), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), o curso de Engenharia Agronômica da Universidade Paranaense – Unipar realizou, em Umuarama, sua 5ª Joagro (Jornada Acadêmica da Engenharia Agronômica). A série de palestras abordou ‘Plantio direto: agricultura conservacionista e sustentável’ (de 28/09 a 02/10).

O evento foi aberto pelo pesquisador da UFPR – Câmpus Palotina, Leandro Paiola Albrecht, que falou sobre ‘Sucessão soja e milho versus sustentabilidade’. Com boa didática e toques bem humorados, o professor enalteceu o potencial do Brasil na questão do aumento da produção de alimentos para o mundo. “O potencial é enorme”, afirmou, lembrando que o país tem terra e água em abundância, para isso.

Segundo ele, o plantio direto é uma das estratégias que vão permitir que o Brasil aumente, em 40%, sua produção agrícola até 2020. “A soja, que é a quarta cultura mais desenvolvida do mundo e a segunda que gera mais lucro, ocupa apenas 3% de área no Brasil”, informou o professor, que lidera pesquisa em ecofisiologia e tecnologias de produção, em sistemas envolvendo grandes culturas.

Apresentando gráficos e números importantes da agricultura brasileira, Albrecht alertou os estudantes da grande responsabilidade que todos têm, como “agentes de transformação do campo”, nos novos desafios do agronegócio: “O maior está relacionado a três perguntas: ‘o que cultivar, para que e como’; vocês, futuros engenheiros agrônomos, terão que refletir sobre isso e se preparar para colaborar nas soluções”.

O Reitor da Unipar, Carlos Eduardo Garcia, assistiu à palestra. Ao abrir a Joagro, ele falou sobre os propósitos da Universidade Paranaense em investir no curso de Engenharia Agronômica e da importância do profissional engenheiro agrônomo. “Através da sua técnica, vocês vão ajudar o Brasil a crescer”, afirmou.

Garcia também destacou o fato de o Brasil manter-se firme nos negócios do campo: “Mesmo diante de tanta adversidade na esfera política, nossa agricultura é exemplar; o trabalho do agricultor tem sido fiel e essencial para o superávit da balança comercial do agronegócio”. E sentenciou: “O agricultor é, acima de tudo, aquele que ouve e coloca em prática o que o engenheiro agrônomo fala, receita, orienta; percebam quanta importância vai ter, então, o trabalho de vocês”.

O diretor da Unidade-Sede, professor Nilvio Ourives dos Santos, também discursou na Joagro, aberta oficialmente pela coordenadora do curso de Engenharia Agronômica, professora Carolina Tavares.

Na sequência, entraram na pauta os temas ‘Sistema Agrosilvipastoril’, com o pesquisador Elir Oliveira, do Iapar/Londrina; ‘Ética profissional’, com a engenheira agrônoma Rosane Scapin, do Crea/Maringá; ‘Fertilidade do solo no sistema plantio direto’, com o professor Antonio Nolla, da UEM/Umuarama; ‘Sistema plantio direto na cultura da mandioca’, com o professor Emerson Fey, da Unioeste/Marechal Cândido Rondon; ‘Manejo de nematoides na soja’, com a professora Cláudia Arieira, da UEM/Umuarama; ‘Manejo de plantas daninhas no sistema plantio direto’, com o professor Cléber Maciel, da Unicentro/Guarapuava; e ‘Mercado de trabalho: currículo e entrevista de emprego’, com a psicóloga da Unipar, Carina Mochaider.

“Procuramos diversificar a programação para atender várias áreas da agricultura e, ainda, discutir alguns temas importantes para a formação dos nossos alunos, como mercado de trabalho e apresentação de currículo”, disse a coordenadora, satisfeita com a participação dos alunos. A maioria dos 400 matriculados participou.

Durante a Joagro aconteceu também o Fórum de Egressos, com os convidados Alessandro Pedrozo e Anderson Gustavo Correa Salles, ex-alunos que hoje se destacam no mercado de trabalho. Pedrozo abriu uma empresa de assistência técnica, a Nutry Plant, e Salles é assistente técnico na Spraytec Fertilizantes, empresa de expressão nacional.