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A história é uma ciência de muitas possibilidades de temas, que podem ser debatidos e pesquisados, e com diferentes métodos a serem utilizados. Para oportunizar a ampliação do leque de discussões de assuntos extracurriculares, o curso de História da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel, iniciou este ano um projeto de grupo de estudos, com a orientação dos professores Fausto Irschlinger e Gisele Santos.

“A ideia foi criar um grupo de estudos, em um horário paralelo ao da sala de aula, em que pudéssemos explorar temáticas e metodologias que, apesar de não fazerem parte de um conteúdo programático tradicional, atraem os nossos alunos e podem ser tão eficientes na construção do saber histórico quanto os saberes tradicionais”, argumenta a professora Gisele.

O grupo tem a liberdade de perpassar por diferentes perspectivas e enfoques. Iniciou com as temáticas sobre memória coletiva e patrimônio cultural e mostrou interesse em estudar de forma mais ampla a história social do Rock.

Na jornada pela História desse estilo musical, abordou-se a relação do Rock com a juventude, explorando as diferentes fases da história do Rock, seus subgêneros, os contextos e sua influência sobre o Rock. Dentre os subgêneros desse estilo, o grupo de estudos dedicou atenção especial ao Punk e ao Heavy Metal.

A docente enfatiza que estudos sobre o Rock estão dentro do universo da História da música: “A música é parte integrante da vida, é nossa criação quando cantamos, batucamos ou ligamos um rádio ou TV. Hoje, a música se faz presente em todas as mídias, é uma linguagem de comunicação universal, utilizada para ‘sensibilizar’ o outro para uma causa de terceiro, porém, esta causa varia de acordo com a intenção de quem a pretende, seja para vender um produto, ajudar o próximo, para fins religiosos, para protestar ou intensificar noticiário”.

HISTÓRIA DO ROCK

O Rock é a fusão da música negra de resistência e protesto, com influências europeias, ultrapassando as diferenças raciais e sociais. A história social do rock é marcada pela política conservadora da guerra fria, rigorosos códigos morais e sexuais. Registra uma transmissão de mensagens implícitas e explícitas, relatos, símbolos de rebeldia, mudança social e sentimentos. Segundo Gisele, talvez, por isso, cada época possua aqueles artistas cujos movimentos e aparência no palco são, predominantemente, gestos de desafio. “A mensagem alcança lugares que não estão, necessariamente, ligados à política e pode gerir mudanças. Quando estudamos esse estilo musical, permitimos aos nossos alunos explorar a música como uma fonte de informações para a produção do conhecimento histórico. Por meio de suas composições e melodias, entramos em contato com o universo mental de um setor social, seus valores, seus ideais, suas críticas e seu pensamento sobre a sociedade em que vive”, afirma.