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Umuarama: Palestras dirigidas a professores focam novos métodos de aprendizagem
Publicado em: 06/07/2015 às 17:00
Promovidas pelo Pró-Magíster, o objetivo foi instigar a reflexão sobre os novos rumos da Educação
Marcando o encerramento do primeiro semestre, o Pró-Magíster (Programa Institucional da Valorização do Magistério Superior) da Universidade Paranaense – Unipar promoveu dois encontros com seus professores, em Umuarama. Com o tema ‘A força da comunicação no processo ensino-aprendizagem’, o evento se propôs a debater metodologias contemporâneas de ensino e a postura do professor diante das inovações.
Um dos palestrantes, o professor doutor da Universidade Positivo, Rodolfo Coelho Prates, abordou ‘Como transformar problemas em aprendizagem – o uso do PBL (Problem Based Learning)’. Ele salientou que neste método, usado já com bons resultados nos Estados Unidos e outros países, o aluno deixa de ter postura passiva na escola.
“Nosso aluno está condicionado a receber o conhecimento ‘pronto’ do professor e, depois, a memorizar o que aprendeu. Caminhamos para uma maneira de ensinar participativa, onde o professor orienta e o aluno, ator ativo de sua aprendizagem, constrói seu conhecimento”, colocou, expondo gráfico que mostra o pouco investimento do Brasil em pesquisa e desenvolvimento em relação ao PIB, nos últimos oito anos. “Isso é lamentável e me faz acreditar que está longe de ser o país do futuro, como costumam dizer os políticos”.
Segundo ele, além do conhecimento técnico, os profissionais de hoje precisam dominar comunicação, computação e tecnologia; saber reunir e avaliar informações para, então, resolver problemas complexos e reais: “É importante entender que isso só vai acontecer com muita cooperação; daqui para a frente dizer não ao trabalho individualista passa a ser fundamental”.
A segunda palestra, com o professor do Instituto Federal do Paraná, também foi bastante instigante. Júnior Cezar Castilho falou sobre ‘As concepções de linguagem no cotidiano acadêmico: uma reflexão sobre seus usos e materialidade’. “Nosso aluno tem que ser visto como um sujeito histórico e social e não como um indivíduo; e nossas aulas têm que priorizar o desenvolvimento das capacidades cognitivas, e não a mera reprodução de conhecimento”, destacou.
Defendendo o papel do professor como facilitar no processo, disse que o foco sempre deve estar na aprendizagem e não na ensinagem: “Temos que motivar o aluno a questionar, avaliar, refletir, discutir, dialogar, interagir, fazendo da escola um ambiente dialético por excelência, como deve ser”.
Admitindo que colocar em prática esta nova visão não é fácil em função da realidade socioeconômica do brasileiro, sentenciou: “Não temos alunos que trabalham; temos trabalhadores que estudam, que, aliás, só vão estudar quando sobra tempo”.
A coordenadora do Pró-Magíster, professora Ana Paula Cruz, supervisionou os trabalhos; o diretor da Unidade-Sede da Unipar, professor Nilvio Ourives dos Santos, prestigiou. As palestras aconteceram no teatro Neiva Pavan Machado Garcia, na terça, 31/06 e na quarta, 01/07.