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Regulamentação: Unipar adere ao movimento da Estética e Cosmética
Publicado em: 19/06/2015 às 11:00
Para chamar atenção da classe política e da comunidade, professores, estudantes e profissionais de todo o Brasil saíram às ruas com cartazes e faixas
A profissão de esteticista existe no Brasil há mais de 60 anos e, cada vez mais, cursos técnicos e superiores são procurados por quem busca uma formação profissional ética e de forma responsável. Mas, mesmo com a chegada das graduações e especializações, a área ainda não é regulamentada por lei.
Em dezembro de 2014 foi criado um movimento nacional para unir a categoria em torno da luta pela regulamentação: o Mutirão RegulamentAÇÃO, formado por estudantes, professores, tecnólogos e profissionais do setor de todo o Brasil.
Atualmente está tramitando na Câmara Federal três projetos de lei, mas nenhum deles atende as necessidades da categoria. Por isso, o Mutirão RegulamentAÇÃO, que também se engajou nas redes sociais, está pleiteando outro projeto, o qual esteja mais de acordo com as habilidades e competências da profissão, estipuladas pelas grades curriculares dos cursos de formação em nível técnico e superior, autorizados e fiscalizados pelo Ministério da Educação e pela Classificação Brasileira de Ocupações.
Com objetivo de chamar a atenção da classe política, na semana passada o Mutirão RegulamentAÇÃO saiu às ruas de cidades de todo o país.
No Paraná, a Universidade Paranaense é pioneira na área: oferece o Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética desde 2003. Inicialmente foi implantado na Unidade de Umuarama; nos anos seguintes, nas Unidades de Cascavel, Toledo, Paranavaí, Francisco Beltrão, Cianorte e Guaíra. Portanto, o curso da Unipar não poderia ficar de fora desta luta. Confira como foi...
Em Umuarama A coordenação, alunas e profissionais da área se concentraram em dois pontos da cidade: num semáforo da Avenida Paraná e em outro da Avenida Presidente Castelo Branco. Com faixas e cartazes nas mãos, eles abordaram pedestres e motoristas para pedir apoio à luta da classe. “É somente com a regulamentação que nossa profissão se tornará cada vez mais sólida, valorizada e respeitada, evitando assim a informalidade e minimizando os riscos à saúde dos usuários dos serviços de estética e cosmética, uma vez que também serão determinadas e exigidas com mais clareza as necessidades mínimas para a atuação destes profissionais”, defende a coordenadora do curso, professora Claudia Mika.
Para a estudante do segundo ano, Thatiely Médola, os profissionais de estética estão prejudicados por pessoas que atuam na área sem qualquer formação acadêmica: “Eu participei desse movimento e tenho certeza que vale a pena lutarmos por algo que é justo”. A ex-aluna Kate Vieira, que hoje possui um estúdio de estética, também aderiu: “Os direitos dos esteticistas devem ser respeitados através de leis e normas que regulamentam a profissão”.
Em Francisco Beltrão O ato foi realizado no auditório da Instituição, com a participação de estudantes, professores e profissionais do Núcleo de Estética e Saúde Complementar. “O profissional da Estética busca constantemente aperfeiçoamento e qualificação, com intuito de proporcionar melhores resultados para seus clientes e segurança no trabalho prestado”, ressalta a coordenadora do curso, professora Luana Tedesco. Porém, segundo ela, existe uma diferença entre o profissional que passa anos estudando em uma universidade e aquele que faz apenas um curso de final de semana. “O que queremos com esse movimento é um projeto que regulamente a nossa profissão, permitindo com isso a fiscalização e a criação de normas, leis e conselhos”.
Em Cascavel Docentes e estudantes foram para as ruas do centro da cidade. Com apitos e um megafone, pediram apoio da população na luta pela regulamentação. A professora Juliana Perardt, que esteve à frente do movimento, explica que “mediante a importância da atividade e as novas perspectivas que se configuram, no decurso das últimas décadas, os profissionais da Estética vêm se especializando e se organizando como uma classe trabalhadora consciente das responsabilidades e dos limites da sua atuação”. Ela pontua ainda que, apesar de todos os esforços que a classe tem desempenhado para ter seu valor reconhecido, observa-se que as conquistas desta importante atividade laboral não foram tão significativas: “A falta de leis para normatizar a atividade impossibilitou a constituição dos Conselhos Federal e Regionais de Estética e Cosmética, órgãos de fiscalização quanto aos deveres e qualidade do serviço oferecido à sociedade”. Juliana justifica também que a falta da regulamentação tem proporcionado inúmeros cursos livres que prometem formação profissional com carga horária insuficiente e conteúdo equivocado, além da entrada de outras profissões exercendo atividades na área de saúde estética, onde em suas grades de formação não há carga horária voltada para a formação de estética.
Em Guaíra O grupo de estudantes se reuniu no semáforo da Avenida Mate Laranjeira, principal da cidade. Lá, as futuras esteticistas entregaram para motoristas e pedestres folders com informações sobre a profissão e sua importância para a saúde e qualidade de vida da população.
Em Paranavaí O ato também aconteceu no centro da cidade, em frente ao Banco do Brasil. Segurando faixas e cartazes, professoras, acadêmicas, ex-alunas e profissionais pediram apoio da comunidade. “A regulamentação é essencial na busca pela legitimidade, habilidade e fiscalização das atividades, além do crescimento da profissão”, defende a coordenadora, professora Fátima Machado, que acompanhou os trabalhos.
Em Cianorte O grupo realizou a manifestação em frente à Unipar.