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NOTÍCIA

Umuarama: Obra clássica de Lon L. Fuller inspira encenação de júri

Publicado em: 27/05/2015 às 17:00

Fatos narrados no “O caso dos denunciantes invejosos” foram recortados, estudados e roteirizados pelos estudantes do 1º ano de Direito

Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e juradosicos
Sessão iniciada por professores e acadêmicos
Júri simulado foi presidido pelo professor Luiz Irajá
Atentos, colegas de sala anotam informações do júri
Atentos, colegas de sala anotam informações do júri
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados
Futuros bachareis exerceram função de réus, acusação, defesa e jurados

Todos os anos o curso de Direito da Universidade Paranaense realiza essa atividade que tem por objetivo exercitar conteúdos da disciplina Teoria Geral do Direito Civil. Trata-se de uma teatralização de fatos narrados no livro “O caso dos denunciantes invejosos”, escrito por Lon L. Fuller e publicado em 1964 (com tradução de Dimitri Dimoulis).

O coordenador do projeto e titular da disciplina, professor Luiz Irajá Nogueira de Sá Júnior, sugeriu e supervisionou os trabalhos. No papel de juiz, ele dividiu o palco com seus alunos do 1º ano de Direito, escalados para acusar, defender e julgar e para outras funções de um júri de verdade.

O livro, que põe em confronto o direito, a moral e a justiça, aborda ditadura, punição, tortura, pena de morte e outros assuntos polêmicos. Todos muito bem vestidos, imponentes e concentrados no roteiro, os estudantes são instigados a discutir fato por fato.

“O desafio é de gigantes”, exclama o professor. “A tradição deste evento faz com que as novas turmas se empenhem em superar as turmas anteriores, na oratória e exposição das doutrinas”, avalia, acrescentando que os estudantes corresponderam as suas expectativas.

Inspirado em casos reais, a obra traz como polêmica a execução sumária (sem julgamento justo) de pessoas que praticaram infrações sem gravidade, como possuir pacote de pó de ovo superior à quantidade permitida pelos governantes (ditadores – Camisas-Púrpuras), conta o professor.

“Estes ditadores criaram leis que condenavam à pena de morte determinados comportamentos, considerados plenamente legais. Tal informação chegava ao conhecimento das autoridades, através dos chamados denunciantes invejosos que aproveitaram a ocasião para denunciar seus inimigos, mesmo sabendo que estes estariam sujeitos à pena de morte. Com a queda da ditadura e, após a restauração da democracia, formaram-se movimentos que exigiam que estes denunciantes fossem responsabilizados pelas condenações”, descreve o professor.

Segundo ele, a leitura do livro exige do aluno reflexões sobre valores morais, positivismo jurídico, direito natural, direito objetivo, doutrina, jurisprudência, hermenêutica e fatos jurídicos. “Desta forma, propomos estimular a leitura e interpretação de textos, estimular o pensamento jurídico, aguçar a consciência crítica do aluno, iniciá-lo na prática de argumentação e oralidade para, a partir daí, provocar a curiosidade e, assim, despertar, nos mesmos, a importância da pesquisa na construção do conhecimento”, justifica.

Na encenação dos alunos da Unipar os três réus são julgados de acordo com a lei vigente. Resultado: o júri popular absolveu os réus por quatro votos contra três.

Da plateia, cerca de 300 estudantes de Direito acompanharam atentamente a performance dos colegas. Estudantes de ensino médio, dos colégios Alfa e Sapiens, de Umuarama, também foram convidados para assistir à encenação. Para estes, o convite partiu do Prove (Programa de Valorização da Educação) da Unipar.

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