F Beltrão: Pesquisa busca método de avaliação microbiológica da madeira
Publicado em: 24/11/2014 às 16:13
Trabalho foi premiado no 13º Encontro de Iniciação Científica e 13º Fórum de Pesquisa da Unipar
Um trabalho científico que está em andamento na Universidade Paranaense, Unidade de Francisco Beltrão, pode trazer um avanço importante para o setor da construção civil. O estudo foi premiado no 13º Encontro de Iniciação Científica e 13º Fórum de Pesquisa da Unipar, realizado entre os dias 30 e 31 de outubro, na sede da Instituição, em Umuarama.
A madeira é uma das principais matérias-primas utilizadas em obras, porém, naturalmente, é degradada biologicamente por microorganismos que utilizam os polímeros naturais da parede celular como fonte de nutrição e alguns deles possuem sistemas enzimáticos capazes de metabolizá-los.
Tratamentos químicos para aumentar a vida útil da madeira já existem, mas o método para avaliar é traduzido em escalas de degradação por meio visual, sendo possível, somente, avaliar com precisão grandes diferenças.
O trabalho do acadêmico Guilherme Felipe Lopes, com apoio dos professores de Engenharia Civil e Farmácia, apresentou resultados experimentais de degradação da madeira do gênero pinus, tratada por diferentes preservantes usando uma evolução do método de campo de apodrecimento com a soma de uma análise microbiológica após determinado tempo de exposição.
Ou seja, o objetivo é criar um teste microbiológico para avaliar a degradação da madeira. O professor Leonardo Garcia Velasquez, coordenador do curso de Farmácia, afirma que os resultados foram satisfatórios e agora a equipe de professores e alunos segue aperfeiçoando.
A ideia é criar um kit de análise para madeira que poderá ter aplicação comercial no futuro. “Conclui-se que o método aplicado mostrou, com grande precisão, a diferença entre os tratamentos aplicados, fato que as análises visuais utilizadas no método de campo de apodrecimento não apresentavam, gerando assim uma forma quantitativa de comparação. Desta forma, possibilita-se diferenciar os tratamentos de forma racional”, descreve o acadêmico em seu relatório.