Você está aqui: Notícias > Cascavel: Jornada de Arquitetura e Engenharia Civil discute ‘diálogos projetuais’
Cascavel: Jornada de Arquitetura e Engenharia Civil discute ‘diálogos projetuais’
Publicado em: 20/11/2014 às 15:00
Realizada em parceria, Semana acadêmica reúne palestras, minicursos, visitas técnicas e os concursos Charrete e APO
A parceria entre os cursos de graduação tem sido sucesso na Universidade Paranaense – Unipar. Um dos eventos realizado em conjunto foi a 13ª semana acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo e 5ª de Engenharia Civil. Palestras, minicursos, visitas técnicas e os concursos Charrete e APO (Aparato de Proteção ao Ovo) envolveram as turmas.
O evento teve como tema principal ‘Diálogos projetuais sob os aspectos tecnológicos’. Para a abertura, contou com a presença do engenheiro de segurança do trabalho do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Oeste do Paran), Agnaldo Mantovani, que trouxe para discussão o mercado de trabalho, com a temática ‘Engenharia e Arquitetura: Um mundo de oportunidades’.
Também foi especial a participação do engenheiro ambiental e territorial, o italiano Paolo Vispi, que palestrou com o engenheiro Rogério Mattos, de São Caetano, SP. O foco foi mostrar os resultados da parceria Brasil e Itália, contando um pouco da atuação nos dois países no campo de ‘Energias renováveis’, enfoque nas tecnologias fotovoltaica (solar), alternativas e desenvolvimento da energia renovável da Itália, projetos de qualidade e alta sustentabilidade.
O sócio proprietário do Cetec (Centro de Treinamento Profissional), Jucelino Gonçalves, abordou o tema ‘NR 35 - trabalhos em altura’. Explanou sobre os objetivos da normativa, responsabilidade do empresário e trabalhador, documentos relacionados á análise de risco e para trabalho em altura e uso de equipamentos individual e coletivo de segurança; discutiu-se ainda fator de queda acima de 1,10m – que tem risco de vida, e fator zona de queda livre. A equipe da Cetec também proporcionou aos estudantes a prática de atividades em altura, tirolesa e rapel.
Outra palestrante convidada foi a professora Fabíola Cordovil, da UEM (Universidade Estadual de Maringá), que falou sobre ‘Planejamento urbano e políticas públicas no Brasil’. A arquiteta fez um apanhado histórico da expansão urbana no país na década de 60 para 70, atentando para o fluxo de pessoas que foram para as cidades, ocasionando a mecanização do campo e o surgimento das favelas, periferias e problemas urbanos. Neste cenário, inclui-se habitação precária, grandes congestionamentos e deficiência no transporte público.
Também discorreu sobre a luta pela reforma urbana, que começa em 60, e fundação pelo governo militar de órgãos como BNH e Serfhau (Serviço Federal de Habitação e Urbanismo). Segundo Fabíola, só com a abertura política em 80 retomou-se a reforma pela urbanização, inserindo-se artigos no capítulo urbano na Constituição. “Apenas treze anos depois, em 2001, surge o Estatuto das Cidades, marco regulamentar”, afirmou. Sobre o Estatuto falou do plano diretor, ações recentes do governo para o enfrentamento dessas questões - lei de mobilidade, PAC, Minha casa, minha vida, entre outros tópicos.
Estudioso das ‘Manifestações patológicas em edificações’, o engenheiro civil Gilberto Carbonari, professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina) abordou a temática focando aspectos preventivos. Carbonari provocou reflexão sobre como os profissionais devem pensar, projetar e executar para evitar fissuras, identificando o que está associado às patologias, os problemas da mão-de-obra e da não presença do profissional no dia a dia da obra, o que pode gerar futuros custos com manutenção e correção de patologias que poderão surgir, comprometendo a segurança e funcionalidade da edificação.