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NOTÍCIA

Francisco Beltrão: Aluno desenvolve robô utilizando sucata

Publicado em: 03/11/2014 às 15:16

Ideia utilizada no projeto pode ter aplicação comercial em aviários e sistemas de irrigação para agricultura

Professor João Alexandre Bonin de Mello, o robô Wall-e e o acadêmico de Sistemas Gustavo Follador Mendes
Por onde passa, o robô desperta a curiosidade das pessoas; com o tempo, o projeto será aperfeiçoado

Gustavo Follador Mendes, acadêmico de Sistemas de Informação da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Francisco Beltrão, desenvolveu um robô utilizando apenas sucata de automóveis e aparelhos eletrônicos. O projeto faz parte do seu trabalho de conclusão do curso e surgiu após o jovem assistir ao filme Wall-e, que conta a história de um robô criado para limpar a Terra coberta por lixo em um futuro distante. Segundo ele, o robô ainda tem poucas funcionalidades, mas está em aperfeiçoamento constante.

Ele se movimenta, mexe os braços e segura alguns objetos com a mão, por meio de controles emitidos por um aplicativo de celular. O software foi desenvolvido em Android (celular) e Delphi (computador), permitindo controlar o robô a distância e receber dados de monitoramento coletados e processados pelo robô. Gustavo diz que as melhorias seguintes serão a instalação de microcâmeras nos olhos do robô, com transmissão das imagens para o celular, além de sensores de movimento e distância.

“Ele poderá, por exemplo, receber uma missão, como a de reconhecimento de território e coleta de dados (radiação, temperatura, umidade, pressão atmosférica) e se movimentar sem bater nos obstáculos que estiverem pelo caminho”, relata o estudante. O robô utiliza uma placa de arduíno (plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre e de placa única) e peças usadas de automóveis, como motor, vidro elétrico, polias de motor e correias dentadas. A estrutura foi montada em papelão. A distância de controle é de 37 metros, mas futuramente poderá alcançar até um quilômetro.

O professor João Alexandre Bonin de Mello, coordenador do curso de Sistemas de Informação, conta que o projeto pode ter viabilidade comercial. De acordo com ele, o kit utilizado no robô pode gerenciar todo o monitoramento de um aviário, controlando a temperatura, distribuição de água e ração. “Pode ser utilizado também para controle de irrigação, monitorando a umidade e acionando a irrigação no momento necessário, tanto com acionamento remoto pelo produtor ou mesmo automaticamente, tomando decisões de acordo com parâmetros preestabelecidos”, exemplifica.

Bonin também salienta que a Instituição está estudando incluir tópicos de robótica em uma das disciplinas da quarta série de Sistemas de Informação. “Há uma tendência da tecnologia da informação de não ficar mais restrita somente aos sistemas comerciais, mas se integrar cada vez mais com objetos do dia a dia, como eletrodomésticos. ‘Internet das coisas’ é como vem sendo chamada esta nova área”, informa.

Outra tendência, conforme disse, é o crescimento do mercado de aplicações para dispositivos móveis: “Estima-se que o mercado de aplicativos móveis vai passar de U$ 72 bilhões para US$ 151 bilhões até 2017. Este ainda é um mercado totalmente inexplorado se comparado com as aplicações tradicionais da tecnologia da informação”.

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