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Cascavel recebe o psiquiatra e escritor Augusto Cury
Publicado em: 27/10/2014 às 16:38
Palestra aconteceu no auditório da Universidade e versou sobre equilíbrio x ansiedade
A sociedade cascavelense foi convidada para prestigiar, na semana passada, palestra com o médico psiquiatra Augusto Cury. O evento aconteceu no auditório da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel, e reuniu estudantes de vários cursos de graduação, para refletir o tema ‘Em busca do equilíbrio x ansiedade’. Na oportunidade, o escritor, que tem mais de 22 milhões de livros vendidos e publicados em mais de 60 países, concedeu sessão de autógrafos.
Ao iniciar sua fala, levantou a questão de que há muitos miseráveis morando em palácios. Contextualizou que desde os primórdios da civilização, o homem está imbuído em preconceitos, poder pelo poder, necessidade neurótica de se defender, dificuldade de reconhecer erros, mazelas, necessidade ansiosa de controlar tudo, tendência de proteger emoções e gerenciar pensamentos.
“Construímos tecnologia para falar com o mundo e nem sequer conseguimos nos comunicar conosco, chorar nossas lágrimas, para que o nosso parceiro aprenda a chorar as dele, para que nossos filhos, alunos aprendam que não há céu sem tempestade, nem caminhos sem acidentes; construímos tecnologia para desenvolver uma poderosa indústria do prazer. Nunca uma geração teve tanta oportunidade para ser feliz, se esvaziar de toda tensão e fazer da existência um show, mas infelizmente não é o que acontece”, atentou.
Neste contexto, de esvaziar-se de si para ouvir o outro, o médico falou sobre o pensamento, que torna o ser único, descrito como instrumento básico para toda economia da interpretação humana, para julgar, amar, odiar, incluir, excluir, apostar.
Segundo estatísticas apresentadas, nos próximos anos, cerca de 1,4 bilhão de pessoas podem desenvolver o último estágio da dor humana, a depressão. Em analogia, considerou a mente humana a mais complexa de todas as empresas e que pode ir à falência rapidamente. “Três bilhões de pessoas, cedo ou tarde, terão algum transtorno, devido aos palcos de ansiedade e insatisfação que constroem”, argumentou.
Outro dado relevante é o fato de que uma pessoa se mata no mundo a cada 45 minutos: “Elas não querem de fato matar sua existência, querem matar a dor, a angústia, autopunição e abandono”. Diante deste cenário, Cury afirma que transferir o capital das experiências para os filhos faz toda a diferença: “Não se deve criar herdeiros, mas sucessores; pensar como humanidade e não como grupo social, ter um caso de amor com a própria espécie”.
O evento foi promovido pela Abravendas (Academia Brasileira de Vendas) e Ric/TV Record.