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A partir de estudos sobre a personalidade e sua formação, o curso de Tecnologia em Design de Moda da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel, produziu o desfile ‘Tribos Urbanas: a busca por si mesmo’. Proposta surgiu na disciplina de Psicologia, ministrada à turma do 1ª ano. A organização do evento conta com o apoio do 2º e 3º anos.

Segundo a professora Fernanda Soares, a ideia do evento, que já é tradicional, em sua 5ª edição, é buscar a compreensão do ser humano como totalidade, como criador e criatura de sua própria história de vida: “A personalidade é tudo que somos, dos mais arcaicos comportamentos a nossas escolhas mais importantes, se constituindo pela relação com outras pessoas e grupos sociais”.

Com muitos aplausos, na passarela foram representadas as tribos dos roqueiros, coloridos, hippies, atletas/líderes de torcida, nerds, pin ups, cowboys, punks, patricinhas, rastafari, skaters e emos.

Essas tribos urbanas são uma amostra dos grupos sociais, que acontecem principalmente na adolescência, fase da vida que é marcada pela busca de si mesmo. “Vemos nas tribos urbanas a expressão da personalidade pela moda e significado que tem o vestuário e os adornos, o quanto as vestimentas dizem sem precisar de palavras”, explica a psicóloga.

A acadêmica Fernanda Kaminski incorporou a tribo dos hippies, auge nos anos 60, quando muitos jovens passaram a contestar a sociedade, os valores tradicionais e o poder militar e econômico. Com o lema paz e amor, defendem o amor livre e a não-violência; usam roupas naturalmente rasgadas em oposição ao consumismo.

Ela ressalta que trazer para a realidade o que não se vivencia é mais difícil: “Tínhamos uma ideia dos hábitos desse grupo, mas com a pesquisa passamos a ter noção de sua origem e entender as diferenças. Nota-se que a assimilação com alguma tribo é forte entre adolescentes, pois buscam uma identidade, muitas vezes, pelas roupas que usam, o que aparece, mostram a maneira como se comportam”.