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NOTÍCIA

Cascavel: Palestra conscientiza sobre abuso e exploração sexual

Publicado em: 21/05/2010 às 10:42

O tema, debatido em todo o Brasil, foi levado a crianças e adolescentes de Braganey, pela professora do curso de Psicologia, Marivania Bocca

Professora Marivania palestra para alunos do Estadual e do Municipal de Braganey

Com o nobre papel de transmitir ensinamentos, professores da Universidade Paranaense – UNIPAR desenvolvem ações fora das salas de aula. Nesta semana, por todo o país, houve debates com foco no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Como forma de incentivo à luta pelos direitos humanos, a professora do curso de Psicologia/Cascavel, Marivania Cristina Bocca, levou informações para alunos de Braganey, via PROVE (Programa de Valorização da Educação).

Conforme a docente, é importante estabelecer a prevenção primária, para que depois outras formas de prevenção aconteçam: “Ouvir a criança e acreditar nela e denunciar o caso aos órgãos competentes”. Durante a palestra, foram abordados os tipos de violência psicológica, física e sexual, negligência e abandono.

Também foram esclarecidas as diferenças entre abuso sexual e exploração sexual. Segundo a psicóloga, abuso é toda a situação em que uma criança ou adolescente é coagido por pessoas mais velhas, através do ato sexual, estupro ou forma verbal, que exponha a criança ou o adolescente a uma situação de constrangimento, como assistir a uma cena de ato sexual ou exibicionismo.

O abuso sexual pode ocorrer em dois contextos: intrafamiliar (dentro da própria família, tendo como abusador, o pai, a mãe, tio, tia ou irmãos mais velhos) e extrafamiliar (nas escolas, instituições de proteção à criança, creches, ambientes de saúde).

A exploração sexual é de cunho comercial: “É errado dizer que a criança ou o adolescente está se prostituindo. Isso ocorre quando a pessoa é maior de idade. Nesse caso, acontece a exploração sexual de jovens”.

A psicóloga destacou alguns mitos e verdades que a sociedade apresenta diante deste fenômeno de saúde pública e de esfera social: “É mito que o abusador é o ‘tarado/bicho papão’. Na maioria das vezes são pessoas queridas pelas crianças; Que o abuso sexual está associado a lesões corporais. Nem sempre o abuso ocorre de fato, muitas vezes ele é psicológico, devido às ameaças e à confiança da criança; Que a criança inventa e mente; Que as pessoas sabem lidar com estas situações. Muitos pais, professores e as próprias crianças são desinformadas e isso contribui para que a violência não seja combatida; Outro mito é o de que na maioria dos casos há denúncia. A criança tem medo do abusador, medo de perder os pais, de que outras pessoas não acreditem na sua história e de ser vista como culpada”.

Bastante frisada também foi a questão da atenção aos sinais corporais: enfermidade sem aparente causa clínica, doenças sexualmente transmissíveis, dificuldade de engolir, engasgo ou vômito, dor, inchaço, sangramento ou lesão vaginal ou ânus (dificuldade de andar ou sentar), ganho ou perda de peso acelerado, traumatismos físicos, medo de pessoas ou de ficar sozinha, mudanças extremas no comportamento e no humor, tristeza e abatimento, medo e culpa, agressividade, sono perturbado, dificuldade de concentração, isolamento social e dificuldade de confiar nas pessoas.

“O melhor caminho é a informação, através de campanhas continuadas nacionais e internacionais, para que possamos protegê-los deste fenômeno que traz danos à saúde da população, crianças e jovens”, diz a professora, aconselhando às escolas a ensinar o ECA: “Somente sabendo de seus direitos, em especial o de proteção, é que a criança terá mais chances de atuar como agente protetor de sua própria existência”.

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