UNIPAR - UM ESPAÇO PARA O SEU TALENTO

Cada vez mais, estudantes da Universidade Paranaense – Unipar ampliam os horizontes do conhecimento, aprendendo também na interação com a comunidade. Um dos projetos de extensão em destaque este ano na Unidade de Cascavel é o Sala de Espera, desenvolvido pelo curso de Psicologia, na USE (Unidade de Saúde Escola), do jardim Aclimação.

Enquanto aguardavam atendimento médico, os pacientes puderam saber mais sobre depressão x tristeza. Atividade durou uma semana, possibilitando ao público tirar dúvidas, por meio de cartazes informativos, panfletos, dinâmicas e palestras relacionadas ao impacto da doença na família e nas relações sociais.

Responsável pelo projeto, a psicóloga da Unipar, Monique Farber, ressalta que o preconceito em relação à doença e ao paciente ainda existe, apesar da alta incidência deste quadro clínico na sociedade: “Esse comportamento deve-se prioritariamente à falta de informação, que cerca este assunto. Algumas pessoas, por não compreenderem bem os sintomas, passam a exigir respostas que a pessoa depressiva não consegue realizar naquele momento”.

Para Cristina Loureiro, que participou ouvindo a exposição, as orientações ajudam muito. Ela tem um familiar com depressão e salienta que “a maioria das pessoas ainda acredita que depressão não é doença, por isso é preciso mostrar que ela existe, é grave e exige tratamento”.

As acadêmicas explanaram também sobre as principais diferenças entre tristeza e depressão. Segundo explicam, a tristeza é um sentimento normal e de curto prazo, que acomete todas as pessoas em algum momento do dia ou da vida, mas, logo, dá lugar à alegria ou a outro sentimento positivo. Pode estar associada a algum episódio negativo ou frustrante, ou mesmo à dificuldade em aceitar o não, ocasionando certa desmotivação, mas sem impedir a pessoa de reagir positivamente a um estímulo agradável.

Contudo, a depressão é uma patologia, que tem entre os principais sintomas: humor deprimido de longa duração, desânimo e falta de interesse por qualquer atividade, até mesmo as que antes davam prazer, alteração no sono e no apetite, relações sociais e de trabalho prejudicadas, sentimento de inutilidade, além de pensamentos contra a própria vida e suicídio, nos casos crônicos.

Para encerrar, as alunas Claudiana Souza e Bárbara lembraram a importância do apoio da família, valorizando o que o indivíduo está sentindo, estimulando-o conforme suas possibilidades e respeitando as limitações que a doença impõe. “O fator mais importante para a melhora da pessoa deprimida é o desejo de melhorar e a busca por tratamento, com o auxílio do psicólogo e psiquiatra, sem esquecer da rede de apoio afetiva, alimentação saudável e prática de atividade física”, recomendam.