Umuarama: Museu de Ciências facilita aprendizagem de anatomia e ecologia
Publicado em: 06/06/2014 às 17:27
Estrutura permite acesso da sociedade ao conhecimento científico sobre importantes assuntos; alunos do ensino fundamental são os que mais desfrutam
Cobra sucuri de seis metros, esqueleto de búfalo de 1,80m de altura, arara azul, onça suçuarana... Esses bichos empalhados encantam crianças e adultos que visitam o MIC (Museu Interdiciplinar de Ciências) da Universidade Paranaense. Projeto de extensão do curso de Ciências Biológicas, o espaço foi implantado em 2003 e de lá pra cá tem se tornado referência quando o assunto é integração entre escolas e a Unipar, recebendo constantemente excursões de Umuarama, região e até de outros estados.
“Uma visita ao museu representa a oportunidade de conhecer, na prática, muito daquilo que a maioria das pessoas já viu nos livros escolares”, afirma o técnico responsável do MIC, Edson Gerônimo. “Nosso projeto tem como missão principal promover a educação científica para conservação do meio ambiente e da saúde humana, despertando nos visitantes, especialmente alunos do ensino fundamental, o uso dos sentidos, o esforço intelectual na formulação de questões e o interesse pelas ciências e pelo mundo ao seu redor”, enfatiza.
Ao entrar no espaço, os visitantes participam de atividades monitoradas de sensibilização, desenvolvidas com base em uma coleção didática ligada a temas de ciências e à questão ambiental, despertando ainda mais a curiosidade. Recentemente o projeto recebeu 26 alunos do ensino fundamental, vindos do Colégio Monteiro Lobato, de Iporã, que ficaram deslumbrados com o que viram. O grupo teve o contato direto com os animais empalhados, alguns em processo de extinção, e recebeu orientações sobre a importância de cada um no ecossistema.
“Tudo aqui é muito bonito, adorei. Quero voltar outras vezes”, conta entusiasmada a aluna Maria Eduarda Valentim. Mostrando um esqueleto humano (de resina plástica), a monitora Karoline Lopes - ex-aluna do curso de Ciências Biológicas e mestranda em Ciêncial Animal - explicou aos visitantes o funcionamento do sistema esquelético. Já com os monitores Gustavo Palin e Lucas Reati, do 1º ano do curso de Medicina Veterinária, eles aprenderam sobre sistema circulatório, manuseando coração de suínos (de verdade).
“É muito gratificante essa aproximação com a comunidade. E aqui temos a oportunidade de estudar ainda mais sobre diversos assuntos vistos em sala de aula, como anatomia, ética”, conta Gustavo, que já foi aluno do Colégio Monteiro Lobato.
Outra abordagem que prendeu atenção dos visitantes foi sobre Anatomia Comparada. “Apresentamos vários tipos de crânios, explicando a função de cada parte que os compõem”, diz Edson Gerônimo, que também é professor da turma. Ele lembra ainda que o projeto contribui para a formação acadêmica dos monitores, porque “promove o desenvolvimento da competência pedagógica e amplia a produção do conhecimento, com atividades práticas das teorias estudadas no curso, como anatomia humana e animal”.
O Museu fica aberto ao público de segunda a sexta, das 8h às 12h, das 13h às 17h e das 19h às 22h. A visita pode ser agendada no Prove (Programa de Valorização da Educação) pelo telefone 3621-2848.
Acervo
Atualmente, o MIC (Museu Interdiciplinar de Ciências) da Unipar conta com cerca de 250 amostras - peças do corpo humano (anatômicas) e de ecossistemas (esqueletos e animais empalhados) - que obedecem a aspectos didáticos e científicos, com informações e dados sobre a natureza de cada material. “É um projeto que está em constante aprimorante. Para isso procuramos sempre trazer algo novo na área da zoologia, biologia, geologia, paleontologia e botânica, que vai agregar mais conhecimento, tanto para os visitantes, quanto para os estudantes dos cursos de graduação que participam dos estágios”, destaca o responsável técnico do MIC, Edson Gerônimo. Para o segundo semestre, conta, mais dois animais empalhados se juntarão ao acervo: uma onça suçuarana e um tamanduá bandeira.