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NOTÍCIA

Cascavel: Aula Magna de Direito discorre sobre a nova Lei Anticorrupção

Publicado em: 24/03/2014 às 18:30

Assunto foi abordado pelo promotor de justiça Eduardo Cambi e atraiu também estudantes de Administração

Em palestra, doutor Eduardo Cambi
Estudantes de Direito interagem em Aula Inaugural; turmas de Administração também prestigiaram

Tema atualíssimo, em voga no Congresso Nacional, foi debatido na Aula Magna do curso de Direito da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel. De Curitiba, foi convidado o promotor de justiça, doutor Eduardo Cambi, para falar sobre a Lei 12846/13, que entrou em vigor em janeiro deste ano.

A nova Lei Anticorrupção trata da responsabilidade civil e administrativa das pessoas jurídicas por atos lesivos à administração pública nacional e estadual, prevê multa de 60 milhões de reais à empresa e dissolução compulsória.

Segundo o palestrante, desde 2003 o Brasil assumiu o compromisso de editar leis que punissem com rigor empresas que praticassem a corrupção. A Lei, elaborada em 2010, pela Controladoria Geral da União, veio a ser executada em 2013, a partir da mobilização social - protestos contra a PEC 37, alegação de falta de prioridades do governo com o dinheiro público e pedido de transparência.

Quanto à relevância da Lei, Cambi trouxe dados de pesquisa recente, realizada com 500 executivos do alto escalão brasileiro - 60% disseram praticar corrupção e 33% afirmaram ter praticado nos últimos meses. Também relatou que a presidente Dilma teve 98% de sua campanha eleitoral financiada por empresas (130 bilhões de reais) e o que se discute é a proibição do financiamento.

“Há uma grande distorção no sistema político brasileiro, mas o país está acordando. Esse é o dinheiro que falta para melhorar a saúde, a educação, a segurança, o transporte”, salienta.

De acordo com o promotor, o Brasil tem a carga tributária mais pesada do mundo, chegando a 35%: “Trabalhamos para o governo e ganhamos pouco por isso”. Ele explica que a nova Lei mantém o compromisso firmado contra a corrupção e traz como vantagens o aumento da competitividade nas empresas e a sobra de dinheiro para a implementação de direitos e de políticas públicas.

“Surge uma nova Era nas empresas, a de auxiliar o Estado a combater a corrupção; a empresa tem a possibilidade de denunciar (Acordo Lemiense) que praticou ato ilícito e, em contrapartida, há diminuição da multa”, explica.

Cambi também é professor do curso de Direito e do mestrado em Direito Processual e Cidadania da Unipar.

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